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Controle de freqüência teve de ser reforçado
DA SUCURSAL DO RIO
O controle da freqüência escolar das crianças beneficiadas pelo Bolsa Família foi um dos aspectos
mais criticados do programa quando, em julho de
2004, a Folha revelou
que, na época, não ocorria
essa fiscalização. Desde
então, o ministério anunciou várias medidas para
aumentar a fiscalização
até publicar, em novembro de 2005, uma portaria
regulamentando isso.
Segundo Lúcia Modesto, do Bolsa Família, desde
então já foram advertidas
120 mil famílias (de um
total de cerca de nove milhões das quais foi possível
obter essa informação)
que não estavam cumprindo com a condicionalidade do acesso à escola.
Essas famílias são inicialmente advertidas sobre o risco de perder o benefício. Antes de a transferência ser cortada, a portaria prevê um bloqueio
do benefício por 30 dias.
Em caso de reincidência, a
suspensão aumenta para
60 dias para, só então,
ocorrer o cancelamento.
Modesto diz que, no caso das crianças com mais
de 15 anos, que passam a
não ser mais o foco do Bolsa Família, tem trabalhado em parceria com outros ministérios para que
políticas públicas cheguem até esse público. Entre os programas citados
por ela estão o Agente Jovem e o Pró Jovem.
Ela diz ainda que, em relação à evasão a partir dos
15 anos, esse problema
ocorre em parte por que a
universalização do ensino
médio ainda não ocorreu
no Brasil. "Entendemos
que não temos como cobrar isso se ainda faltam
escolas para todos", diz.
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