Ainda desaparecida após três dias de busca, peça pode revelar dados do vôo; avião não tem caixa-preta

DA AGÊNCIA FOLHA

Como o bimotor Seneca que desapareceu na noite de sexta-feira próximo a Vitória (ES) não tem caixa-preta, o painel e os motores são considerados os elementos mais importantes para a investigação sobre as prováveis causas do acidente.
Até a noite de ontem, terceiro dia de buscas, nenhuma das partes centrais do aparelho havia sido localizada. O avião caiu ou tentou fazer pouso forçado sobre o mar no Espírito Santo.
O painel costuma guardar os dados de velocidade, altura e inclinação da aeronave no momento do impacto. O exame do motor pode indicar, entre outros fatores, se ele estava tracionado ou parado -indício de que pode ter havido problema mecânico antes da queda.
Segundo o tenente-coronel Marco Aurélio Salgueiro, responsável pelas investigações, esses dados são somados a informações meteorológicas, sobre o histórico do piloto e o tráfego aéreo na região, entre outros. A caixa-preta não é obrigatória em aviões particulares de pequeno porte.
O mau tempo levou ontem a FAB (Força Aérea Brasileira) a interromper as buscas pelo ar ao bimotor. Os trabalhos por terra e mar para localizar os desaparecidos prosseguiram todo o dia, sem sucesso.
Na praia de Manguinhos, foram encontrados anteontem os corpos de três ocupantes: de Alduíno Oliveira de Souza, 26, da namorada dele, Luana Pimentel Guimarães Santos, 25, e da mãe do rapaz, Ronilda Terezinha Oliveira Souza, 48.
Ainda estavam desaparecidos três ocupantes.


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