São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

SIRO KIATAKE (1936-2011)

De faxineiro a técnico de prótese

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Um dos protéticos mais conhecidos e bem-sucedidos do Brasil, Siro Kiatake começou como faxineiro num laboratório de prótese dentária.
Seu início profissional aconteceu na paulista Presidente Prudente, para onde se mudou com os pais, japoneses que venderam verduras, tiveram uma tinturaria e confeccionaram instrumentos musicais típicos do Japão. Siro nascera em Bauru (SP).
Entre uma faxina e outra, aprendeu a fazer próteses. Em 1958, como conta a família, veio para a capital na carroceria de um caminhão.
Em São Paulo, montou seu laboratório e encaminhou a família toda na área. Uma de suas filhas trabalhava com ele. Também ensinou o ofício para irmãos e sobrinhos.
Muito engajado na área, foi sócio-fundador, nos anos 70, da Apdesp, a Associação dos Técnicos em Prótese Dentária de SP, da qual foi presidente. Também coordenou os primeiros congressos internacionais de prótese dentária -a 12ª edição está prevista para acontecer no fim do mês.
Também deu cursos no Brasil e no exterior e representou o país em encontros na Alemanha, Japão e EUA.
Os amigos sempre falavam para ele escrever e publicar livros, a fim de que o conhecimento que tinha fosse preservado, mas ele nunca o fez.
Festeiro, gostava muito de dançar e jogar baralho. Era falador e mantinha a tradição japonesa apenas na cozinha, porque o comportamento estava mais para o de um italiano, como conta a família.
Morreu na terça, aos 75, devido a uma leucemia. Tinha acabado de voltar de um congresso no Nordeste.
Deixa viúva, duas filhas e dois netos.

coluna.obituario@uol.com.br



Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Estado de Atenção: Em um dia, cidade tem 21% da chuva esperada para o mês
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.