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Para especialistas, punição é absurda
DA AGÊNCIA FOLHA
Especialistas em educação infantil e direitos das crianças e dos
adolescentes condenaram veementemente o castigo imputado
ao garoto de sete anos na escola
municipal de educação fundamental Saline Abdo, em Nova
Odessa.
Para Vera Anselmi Melis Paulillo, consultora educacional e representante nacional da Brazil
World Forum Foundation, "é inaceitável a atitude de castigar partir
de uma professora".
"A escola é um lugar de resgate
de valores. Deveria ser o lugar de
equilíbrio da sociedade. Quando a
relação entre professor e aluno
transcende as regras, aparece um
vazio na sociedade. Uma professora que coloca um aluno atrás de
uma porta mostra a decadência
da concepção de ser humano que
temos atualmente", disse.
Para ela, o uso de um castigo para ensinar no ambiente escolar é
algo que foge daquilo que já foi
determinado como prática correta e eficiente de pedagogia.
A psicóloga infantil Ana Maria
Massa, do Cria (Centro de Referência da Infância e Adolescência) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), disse que
"aplicar castigos em crianças no
ambiente escolar é um comportamento medieval".
"É preciso ter claro que as crianças têm capacidade de entender e
aprender o que é certo e errado
sem a necessidade de castigos físicos ou psicológicos", afirmou.
Mas, para ela, é grave o comportamento da escola que não tem
controle sobre as práticas e atos
ocorridos dentro da instituição.
"Uma escola que não tem controle sobre quais alunos ainda estão
dentro ou estão fora do prédio, e
permite que as portas sejam fechadas com uma criança lá dentro, é negligente", afirmou.
(TGO)
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