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MASSACRE NO CENTRO
Decisão enterra caso, diz promotoria
Tribunal mantém decisão a favor de PMs acusados de chacina na Sé
DA REPORTAGEM LOCAL
O Tribunal de Justiça negou liminar (decisão provisória) ao Ministério Público e manteve a decisão que rejeitou denúncia contra
cinco policiais militares e um segurança, acusados da chacina de
moradores de rua em São Paulo,
em agosto de 2004. Para a Promotoria, a negativa da liminar praticamente enterra o caso.
No último dia 7, o juiz Richard
Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri, negou pedido feito pelos promotores de denúncia e prisão. A Promotoria entrou com
dois recursos no 1º Tribunal do
Júri, pedindo a reconsideração da
decisão e o afastamento do juiz, e
mais um mandado de segurança,
com pedido de liminar, no TJ. A
liminar pedia a aceitação da denúncia e a abertura do processo.
Na última sexta-feira, o desembargador Jarbas Coimbra Mazzoni, 2º vice-presidente do TJ, rejeitou o pedido de liminar. Segundo
ele, a decisão do 1º Tribunal do Júri "mostra-se fundamentada". O
próximo passo será a análise do
mérito do mandado, que pode
ocorrer entre 30 e 60 dias, de acordo com a assessoria do TJ.
Segundo o promotor Maurício
Antônio Ribeiro Lopes, esse prazo costuma ser mais longo -de
quatro a cinco meses. "Precisávamos de uma decisão a curto e médio prazo. A negativa da liminar
enterra o caso", diz.
Lopes salienta que parte das testemunhas e dos sobreviventes é
de moradores de rua, o que dificulta a localização com o passar
do tempo. "Essa decisão é irresponsável e corporativa. A longo
prazo, não existe chance de preservar essa ação penal." Segundo
ele, o outro recurso, que pede a reconsideração de decisão, deve levar mais de dois anos para ser
julgado.
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