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OUTRO LADO
Resistência de prefeituras e vizinhos provocou atrasos, afirma fundação
DA REPORTAGEM LOCAL
A presidente da Febem, Berenice Giannella, afirmou que não foi
possível concluir o projeto de descentralização da Febem no prazo
previsto em razão da resistência
das prefeituras e da população em
receber as novas unidades.
Segundo ela, mesmo aquelas
que já possuem terreno e contrato
para sua realização dependeram
de muita negociação e por isso só
foram iniciadas recentemente.
"Houve inúmeros problemas
com prefeituras que não querem
que se construam as unidades."
Giannella negou ter havido corte no orçamento da Febem, uma
vez que os R$ 31 milhões previstos
para as obras de descentralização
foram transferidos para outros
gastos dentro da instituição.
Ela também disse que não há
prejuízo para o processo de descentralização, já que há R$ 86 milhões do orçamento do ano que
vem reservados para a construção
das 41 novas unidades.
Segundo a Febem, há dez unidades novas com contrato feito e
outras 15 em fase de licitação.
A presidente da Febem afirmou
que a transferência dos recursos
ocorreu em "conseqüência da demora" na construção dos novos
prédios. "Era um dinheiro que
iria sobrar", disse. "As obras atrasaram. Pegamos parte dos recursos delas e passamos para outros
gastos da Febem, como as reformas que tivemos que fazer."
Sobre o fato de o governador
Geraldo Alckmin (PSDB) ter dito
que nove unidades já estavam em
obras -sendo que quatro delas
foram encontradas pela reportagem ainda não iniciadas-, Berenice afirmou que "o contrato com
as empresas implica que, antes da
construção, se faça terraplanagem, sondagem do terreno. E isso
tudo já faz parte do contrato, já é
execução. O que não existe ainda
é o prédio subindo porque depende dessas providências. Já foi dada a ordem de início de serviço".
A presidente disse que o projeto
não deixou de ser prioritário: "De
jeito nenhum. O governador me
liga três vezes por semana para saber das obras, as reuniões são freqüentes. Há interesse".
(VR)
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