DA REPORTAGEM LOCAL

O governador paulista, Cláudio Lembo (PFL), disse ontem que deve definir o novo valor das passagens de trens e metrô até o fim do mês. O reajuste não será feito em conjunto com a prefeitura. "Não tenho preocupação em correr", disse ele.
A falta de pressa de Lembo irritou técnicos da prefeitura, que aguardavam a decisão do Estado para definir a tarifa dos ônibus urbanos.
A pressa da prefeitura tem motivo: não há mais dinheiro em caixa para continuar subsidiando o sistema. Em março, data do reajuste do contrato com as empresas de ônibus, a prefeitura optou por não elevar a tarifa. Isso ampliou o déficit.
Agora o dinheiro acabou, mas havia um acordo, confirmado à Folha na semana passada pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, para que Estado e prefeitura fizessem o reajuste na mesma data para evitar mudar o valor da integração do bilhete único duas vezes. A demora de Lembo fez com que a prefeitura rompesse o acordo.
"Seria melhor o aumento único", admitiu o diretor-adjunto de Tecnologia e Arrecadação da SPTrans, José Carlos Nunes Martinelli.
A passagem de metrô deve ir para R$ 2,40. A tarifa de integração entre metrô e ônibus deve ir para, no máximo, R$ 3,50.


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