São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 2008

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SONIA HELITO SACCAB (1922-2008)

Sonia e os 6 numa kombi, rumo à praia

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A trupe era grande demais para uma mãe viúva: ao todo, eram seis crianças. Em época de férias, carregar a molecada só era possível numa kombi. Era o que Sonia Helito Saccab fazia com os filhos.
Dona de um veículo espaçoso, acomodava os seis nos bancos traseiros do carro e partia para a praia. E assim eram as férias da família, ora em Santos, ora no Rio.
Filha de um descendente sírio comerciante de tecidos, casou-se no começo dos anos 1940 com um também descendente sírio comerciante de tecidos. Uma vez viúva, na década de 1950, cuidou sozinha das crianças. Sonia fez todos estudarem, o que resultou em dois engenheiros, dois advogados, um médico e um administrador.
Cozinheira de primeira, como garante o filho, unia a família nos finais de semana em volta da mesa farta de pratos árabes. "Não havia um domingo em que meu tio não fosse em casa por causa das esfirras", lembra o filho.
Segundo ele, a mãe conseguia ser a chefe da família sem dar ordens. "Ela fazia tudo acontecer do jeitinho que imaginava", conta. A única vontade que não realizou foi fazer uma viagem de navio com toda a família. Outra decepção foi a perda de um filhos, há uns dez anos.
Sonia morreu na segunda passada, aos 86, após sofrer uma parada cardiorrespiratória, em São Paulo. A missa de sétimo dia acontece hoje, na catedral metropolitana ortodoxa, na rua Vergueiro, também em São Paulo.

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