DA REPORTAGEM LOCAL

Mudar a sede da prefeitura do Palácio das Indústrias para o "Banespinha" trará um ambiente muito mais familiar à prefeita Marta Suplicy (PT).
Imponente e confortável, o edifício Patriarca foi construído para abrigar a sede das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, ligada a história da família do ex-marido, o senador Eduardo Suplicy.
Os Matarazzo e o governo sempre estiveram unidos. O Palácio dos Bandeirantes também foi propriedade da família, que cedeu o imóvel ao ex-governador Adhemar de Barros em pagamento das dívidas fiscais do grupo.
O Banespa adquiriu o Edifício Patriarca em 1974 e, desde então, mantém o espaço como uma espécie de centro histórico e cultural. O "Banespinha" é confundido com o Prédio da Torre -este, sim, um ícone arquitetônico de São Paulo, que não está à venda.

Visitação
Se a Prefeitura de São Paulo cumprir o cronograma de mudança para o Edifício Patriarca, restará pouco tempo para que o público comum conheça as razões pelas quais o imóvel se tornou disputado. Atualmente, está aberto à visitação.
No quinto andar, fica o Museu Banespa, com vasto acervo de documentos históricos e obras de artistas consagrados como Aldemir Martins, Alfredo Volpi e Iberé Camargo. A entrada é franca, mas tem de ser agendada por telefone (0/xx/11/248-1135).
No último andar fica o local que identifica o prédio, o Jardim Walter Galera, um pequeno bosque suspenso a 80 metros. Galera, morto em 1995, foi o seu idealizador e também o responsável pelo local desde a época em que o edifício pertencia aos Matarazzo.
Plantado a 40 centímetros de profundidade, o jardim tem dezenas de plantas ornamentais, árvores frutíferas e ervas medicinais. As plantas e os pássaros que sobrevoam o local emprestarão um ar bucólico à nova prefeitura.



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