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São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

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ADMINISTRAÇÃO

No balanço dos três anos da gestão Marta, secretário admite que governo terminará o ano com déficit

Prefeitura deve fechar de novo no vermelho

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de Finanças, Luís Carlos Fernandes Afonso, reconheceu ontem que a prefeitura deve terminar este ano no vermelho mais uma vez. Afonso, que assumiu em maio deste ano, descartou também a re-renegociação da dívida com o governo federal -o que bate de frente com a posição da prefeita Marta Suplicy (PT)-, mas criticou o acordo firmado por Celso Pitta (97-00) em 99.
O secretário afirmou ontem que a arrecadação tem crescido desde outubro, mas a prefeitura deve terminar o ano com déficit. Segundo o economista, o objetivo é que o valor fique abaixo do de 2002, de R$ 246,6 milhões.
Desde que assumiu, Marta sempre defendeu a revisão do acordo. No começo deste semestre, a petista afirmou que "depois da reforma tributária São Paulo senta na mesa para negociar suas dívidas". A reforma foi aprovada, mas o secretário afirmou ontem que "temos um contrato em vigor, que a gente precisa cumprir".
Pelo acordo, a prefeitura é obrigada a destinar 13% da sua receita -cerca de R$ 1,2 bilhão- líquida mensal para o pagamento da dívida com o governo federal.
A declaração de Afonso foi dada depois de cerimônia de balanço dos três anos da gestão Marta, na prefeitura. Ladeada por quase todo o seu secretariado, a prefeita apresentou as mudanças nos transportes e a construção dos CEUs (Centros Educacionais Unificados) como as principais "revoluções" de seu governo. Para cumprirem suas metas, no entanto, os projetos ainda precisam de ações e investimentos em 2004.
Segundo Marta, os 17 escolões inaugurados, e os outros quatro previstos para janeiro, criarão 50 mil vagas na rede municipal.
Já o novo sistema de transporte, que teve o primeiro corredor inaugurado nesta semana, foi apresentado como a concretização da política municipal de privilegiar o transporte coletivo.
A promessa era entregar, até o final de 2004, 400 km de vias exclusivas, à esquerda, para o ônibus. No entanto, segundo o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, muitos dos corredores ficarão apenas para os próximos anos, devido ao atraso na liberação do financiamento do BNDES.
A prefeita também destacou a construção de seis novos piscinões, a revitalização do centro e as obras viárias na zona oeste.


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