São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

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SERGIO ROBERTO UGOLINI (1929-2008)

O engenheiro ouviria a sonata no Natal

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A família de quatro filhos, 11 netos e cinco bisnetos começou no dia em que Sergio Ugolini avistou uma moça com as amigas num carro.
Naquele dia, buzinou, encostou ao lado do veículo que levava a jovem e disse que ela seria sua mulher. Dito e feito.
O episódio foi relembrado em junho, quando Edda fez 80 anos, no último domingo de Sergio com a família -ele acabou internado devido a um enfisema pulmonar.
Engenheiro formado pela USP, era um apaixonado por música clássica. E pé-de-valsa, conta a neta Lenah.
Impedido de falar após uma traqueostomia, a neta pediu que ele colocasse num papel duas músicas favoritas.
Anotou "Estudo nº 3", de Chopin, e "Sonata ao Luar", de Beethoven. No Natal, ela levaria músicos ao hospital para tocar as composições.
Sergio morreu na quinta, aos 79, de falência múltipla dos órgãos, em SP. "Ele sempre foi muito simples e alegre. Tinha uma risada muito gostosa", diz a neta. A vontade de viver era tanta, conta, que, mesmo de cadeira de rodas, foi a Punta del Este (Uruguai) jogar pôquer, uma de suas diversões prediletas.
Sergio foi presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), de 1971 a 1975, período em que a Imigrantes foi construída. Também foi secretário de Obras da prefeitura, diretor da Associação Comercial de SP, presidente e fundador da Associação Brasileira do Cobre e vice-presidente da Fiesp.
A missa de sétimo dia é hoje, às 12h30, na igreja Nossa Senhora do Brasil, em SP.

obituario@grupofolha.com.br


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