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SERGIO ROBERTO UGOLINI (1929-2008)
O engenheiro ouviria a sonata no Natal
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A família de quatro filhos,
11 netos e cinco bisnetos começou no dia em que Sergio
Ugolini avistou uma moça
com as amigas num carro.
Naquele dia, buzinou, encostou ao lado do veículo que
levava a jovem e disse que ela
seria sua mulher. Dito e feito.
O episódio foi relembrado
em junho, quando Edda fez
80 anos, no último domingo
de Sergio com a família -ele
acabou internado devido a
um enfisema pulmonar.
Engenheiro formado pela
USP, era um apaixonado por
música clássica. E pé-de-valsa, conta a neta Lenah.
Impedido de falar após
uma traqueostomia, a neta
pediu que ele colocasse num
papel duas músicas favoritas.
Anotou "Estudo nº 3", de
Chopin, e "Sonata ao Luar",
de Beethoven. No Natal, ela
levaria músicos ao hospital
para tocar as composições.
Sergio morreu na quinta,
aos 79, de falência múltipla
dos órgãos, em SP. "Ele sempre foi muito simples e alegre. Tinha uma risada muito
gostosa", diz a neta. A vontade de viver era tanta, conta,
que, mesmo de cadeira de rodas, foi a Punta del Este
(Uruguai) jogar pôquer, uma
de suas diversões prediletas.
Sergio foi presidente da
Dersa (Desenvolvimento
Rodoviário S.A.), de 1971 a
1975, período em que a Imigrantes foi construída. Também foi secretário de Obras
da prefeitura, diretor da Associação Comercial de SP,
presidente e fundador da Associação Brasileira do Cobre
e vice-presidente da Fiesp.
A missa de sétimo dia é hoje, às 12h30, na igreja Nossa
Senhora do Brasil, em SP.
obituario@grupofolha.com.br
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