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Rodoanel abre hoje nova temporada de cobrança de pedágios
Tarifa no trecho oeste da via, com 32 km, será de R$ 1,20; Régis e Fernão devem iniciar cobrança nas próximas semanas
Cidades da Grande São Paulo como Mairiporã e Osasco temem que parte dos caminhões use rotas urbanas para evitar o gasto
Diego Padgurschi /Folha Imagem
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Pedágio no Rodoanel na saída para a Anhangüera; SP terá série de pedágios no entorno do anel viário
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
BRUNA SANIELE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O trecho oeste do Rodoanel
abre hoje uma temporada de
cobrança de novos pedágios em
rodovias de São Paulo, instalados cada vez mais próximos de
áreas urbanas e com a ameaça
de efeitos colaterais em outras
vias da região metropolitana.
A tarifa de R$ 1,20 para os
carros de passeio (mesmo valor
por eixo para os comerciais) será paga nas saídas da alça do
Rodoanel de 32 km, inaugurada
em 2002 e que liga a av. Raimundo Pereira de Magalhães à
Régis Bittencourt. Apesar de
haver 13 praças, os motoristas
só pagarão uma vez por viagem.
Nos próximos dias ou semanas, está prevista a cobrança de
pedágio nas federais Régis Bittencourt e Fernão Dias, inclusive em trechos da Grande São
Paulo, como São Lourenço da
Serra e Mairiporã. E no ano que
vem haverá a ampliação dos pedágios das marginais da Castello Branco, em Barueri e Osasco, para as pistas expressas.
De um lado, as novas praças
vizinhas à capital paulista têm
em comum uma tarifa baixa para os padrões rodoviários -de
R$ 1,20 no Rodoanel, de R$
2,70 na Castello e próxima de
R$ 1,50 na Régis e de R$ 1 na
Fernão. De outro, apresentam
um grande volume de veículos
-só pela alça oeste do Rodoanel passam 145 mil por dia.
Municípios da Grande São
Paulo temem que parte dos carros e dos caminhões use rotas
urbanas para fugir dos pedágios
-agravando os congestionamentos e deteriorando as vias.
Alguns passaram inclusive a
estudar medidas drásticas para
conter os trajetos de escape.
Em Mairiporã, um rodízio de
caminhões por placas está para
sair do papel, proibindo a circulação das 5h às 21h de metade
da frota nas principais vias. O
objetivo é frear as carretas que
utilizam as vias internas da cidade somente como passagem.
O projeto do Executivo já foi
aprovado pela Câmara. "Só falta regulamentar. Vamos implantar logo no começo de
2009", afirma Antônio Aiacyda
(PSDB), prefeito de Mairiporã,
que também promete tentar
embargar a obra do novo pedágio da rodovia Fernão Dias.
Em Osasco, a prefeitura pensou em fazer um pedágio de
bloqueio para veículos de fora
na avenida dos Autonomistas.
A avaliação do governo estadual é que só haverá fuga do Rodoanel nos primeiros dias, como reação emocional. Alega
que, quando fizerem as contas,
os motoristas vão perceber que
os custos com combustível e
perda de tempo são maiores.
A preocupação com a cobrança no anel viário atinge
principalmente os municípios
de Osasco e Taboão da Serra,
além de moradores de bairros
paulistanos como Butantã (zona oeste) e Perus (norte).
"A idéia original era tirar os
caminhões da cidade. Agora,
com pedágio, eles vão voltar",
afirma Carlos Wang, da Sociedade Amigos do Butantã City.
Na capital paulista, técnicos
da CET avaliam que os efeitos
não devem ser imediatos devido às férias escolares. Mas temem os impactos após a volta
às aulas, em fevereiro de 2009.
Entre as vias que podem sobrecarregar estão Francisco
Morato, Eliseu de Almeida, Alvarenga e Raposo Tavares,
além das próprias marginais.
"Já estamos em alerta para
um colapso do nosso viário. O
Rodoanel hoje é usado inclusive para deslocamentos internos", afirma Jorge Lapas, secretário de governo de Osasco.
"Quem multiplica R$ 2,40
[de ida e de volta] pelo mês inteiro sabe como pesa no bolso",
diz Carlos Andrade, secretário
de Trânsito de Taboão da Serra.
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