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Sangue liga casa de pais à da filha, diz polícia
Investigação aponta rastro de 15 pontos de sangue; defesa pede liberdade de acusados
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
Um rastro de sangue de 30
metros, que só foi visto após
o uso de reagentes químicos,
é o que liga as vítimas aos
seus supostos assassinos.
Foi essa tese, defendida
pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo, que levou a Justiça a determinar a prisão preventiva
do casal Willians de Sousa,
33, e Roberta Tafner, 29.
Casados desde 2009, eles
são suspeitos de matar os
pais dela, o empresário Wilson Roberto Tafner, 64, e a
advogada Tereza Nogueira
Cobra, 60. À polícia o casal
negou o crime -ocorrido em
2 de outubro na casa de veraneio das vítimas, em Santana
de Parnaíba (Grande SP).
Ambos foram mortos com
facadas. Dias depois, os investigadores acharam 15
pontos de sangue entre o
quarto onde o casal foi morto
e a casa da filha e do genro,
na mesma rua. Testes mostraram que o sangue era de
Tereza, segundo a apuração.
Para a polícia, Willians foi
quem assassinou os dois, enquanto Roberta o ajudou no
planejamento. O crime, diz a
polícia, ocorreu porque eles
queriam herdar os bens das
vítimas, receber o prêmio do
seguro de vida que tinha Roberta como beneficiária e assumir a empresa de Wilson .
A polícia estima que o patrimônio das vítimas era superior a R$ 5 milhões.
A Folha apurou que, dias
após o assassinato, Willians
foi à empresa da qual Wilson
era sócio e disse que ele substituiria o sogro nos negócios.
Os advogados dos acusados não quiseram conceder
entrevista. Ontem, entraram
com pedido de libertação.
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