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5 acusados de
traficar órgãos
são libertados
DA AGÊNCIA FOLHA
A juíza Amanda Torres, da 13ª
Vara Federal de Recife, determinou ontem a liberação de cinco
pessoas presas no mês passado
por envolvimento na rede internacional de tráfico de órgãos humanos. No seu entendimento, os
réus não representam perigo para
a ordem pública.
O grupo recrutava pernambucanos pobres para que vendessem
um de seus rins a receptores do
exterior. As cirurgias irregulares
eram realizadas em Durban, na
África do Sul.
Três dos acusados, o pintor de
paredes Marcondes Lacerda, o
marceneiro João Cavalcanti e o
mecânico Gérson Ribeiro, estavam presos sob a acusação de terem comercializado um dos rins a
preços que variavam de US$ 6.000
a US$ 10 mil.
As outras duas pessoas que tiveram a prisão revogada foram o
médico José Sylvio, denunciado
por fornecer requisições de exames pré-operatórios aos pacientes, e Eldênia de Souza, mulher do
capitão da reserva da Polícia
Militar de Pernambuco, Ivan
Bonifácio.
O capitão é apontado como um
dos líderes do esquema, sendo
responsável pelo aliciamento dos
vendedores de órgãos.
Outros seis envolvidos na organização criminosa, incluindo dois
israelenses, uma advogada, um
funcionário público, uma corretora de imóveis e o próprio capitão Bonifácio, continuam detidos,
à espera de julgamento.
Durante a semana, o capitão
afirmou em depoimento que o
grupo era abastecido com recursos enviados por um israelense,
que seria, segundo ele, funcionário do governo de Israel.
A Embaixada de Israel negou,
em nota oficial, qualquer envolvimento do país com o esquema de
tráfico internacional de órgãos
humanos.
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