São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 2004

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5 acusados de traficar órgãos são libertados

DA AGÊNCIA FOLHA

A juíza Amanda Torres, da 13ª Vara Federal de Recife, determinou ontem a liberação de cinco pessoas presas no mês passado por envolvimento na rede internacional de tráfico de órgãos humanos. No seu entendimento, os réus não representam perigo para a ordem pública.
O grupo recrutava pernambucanos pobres para que vendessem um de seus rins a receptores do exterior. As cirurgias irregulares eram realizadas em Durban, na África do Sul.
Três dos acusados, o pintor de paredes Marcondes Lacerda, o marceneiro João Cavalcanti e o mecânico Gérson Ribeiro, estavam presos sob a acusação de terem comercializado um dos rins a preços que variavam de US$ 6.000 a US$ 10 mil.
As outras duas pessoas que tiveram a prisão revogada foram o médico José Sylvio, denunciado por fornecer requisições de exames pré-operatórios aos pacientes, e Eldênia de Souza, mulher do capitão da reserva da Polícia Militar de Pernambuco, Ivan Bonifácio.
O capitão é apontado como um dos líderes do esquema, sendo responsável pelo aliciamento dos vendedores de órgãos.
Outros seis envolvidos na organização criminosa, incluindo dois israelenses, uma advogada, um funcionário público, uma corretora de imóveis e o próprio capitão Bonifácio, continuam detidos, à espera de julgamento.
Durante a semana, o capitão afirmou em depoimento que o grupo era abastecido com recursos enviados por um israelense, que seria, segundo ele, funcionário do governo de Israel.
A Embaixada de Israel negou, em nota oficial, qualquer envolvimento do país com o esquema de tráfico internacional de órgãos humanos.


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