|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PLANTÃO MÉDICO
Novo método trata parada cardíaca
JULIO ABRAMCZYK
O emprego da adrenalina (substância que aumenta o número dos
batimentos cardíacos e a força de
contração do músculo cardíaco)
nas manobras de ressuscitação
cardiopulmonar é uma rotina estabelecida há muitos anos.
Recentemente, pesquisadores
observaram que acrescentar vasopressina (hormônio antidiurético do nosso organismo que também é fabricado sinteticamente)
nesses casos ajuda muito, como
na parada cardíaca refratária,
quando os pacientes têm três vezes mais chances de sobrevivência
ao receber vasopressina além da
adrenalina.
O professor Volker Wenzel, da
Áustria, com colaboradores da
Alemanha e da Suíça, comparou o
emprego da vasopressina com a
adrenalina (também denominada
epinefrina) na ressuscitação cardiopulmonar de 1.186 pacientes.
A pesquisa foi publicada no dia 8
no "New England Journal of Medicine" (2004;350:105-113).
Na conclusão, os autores destacam que, na parada cardíaca refratária à recuperação, a vasopressina e a adrenalina aplicadas
em conjunto podem ser mais efetivas do que só o uso da adrenalina. Wenzel, que atua na CTI
(Centro de Terapia Intensiva) de
um hospital universitário, já declarou que mudou a forma de tratar seus pacientes. Agora ele prescreve a quase todos os adultos em
parada cardíaca as duas substâncias (vasopressina e adrenalina)
concomitantemente.
E-mail - julio@uol.com.br
Texto Anterior: Doença coronária pode surgir mais cedo, diz médico Próximo Texto: Neurologia: Livro aborda aspectos práticos Índice
|