São Paulo, quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

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Cliente é acusado de seqüestrar e matar gerente de banco

Depois de ser preso, ele confessou o crime e alegou uma dívida de R$ 30 mil como motivo, de acordo com a polícia

Corpo estava concretado em cima de uma laje da escola de informática do empresário em Uberlândia, em Minas

JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA

Um cliente de uma agência bancária de Uberlândia (556 km de BH) é acusado pela polícia de planejar o seqüestro e assassinar o gerente do banco em que é correntista em razão de dívidas no valor de R$ 30 mil.
O corpo do funcionário do Bradesco Aleir Fernandes André, 45, foi encontrado pela Polícia Civil na noite de anteontem, em cima da laje de uma escola de informática, no centro.
Segundo a polícia, Edilson Nastre, dono da escola, confessou, em depoimento, ter planejado o seqüestro e ter assassinado o gerente, por enforcamento, em 12 de dezembro, por medo de ter sido reconhecido.
O delegado Kleyverson Rezende disse que o corpo foi localizado após a prisão de Nastre, anteontem. "O corpo estava concretado, no vão entre uma pilastra e uma parede, em cima de uma laje da escola."
Nastre, de acordo com a polícia, declarou que seqüestrou o gerente por ter R$ 30 mil em dívidas em dois bancos -Bradesco e Banco do Brasil.
"Ele falou que planejou o seqüestro por causa da dívida e que sabia que o gerente tinha alguns bens. Num primeiro momento, pediu R$ 45 mil à família. Em 8 de dezembro, quando foi feito o último contato por telefone, pediu R$ 18 mil", disse o delegado. O resgate não chegou a ser pago.
André havia sido seqüestrado em 28 de novembro, após sair da agência para almoçar. Três homens o renderam e o colocaram num Palio branco. Uma testemunha anotou a placa. A polícia chegou ao empresário após localizar o carro em Sorocaba (100 km de SP), onde três pessoas foram presas. Um homem está foragido.
André foi mantido em cativeiro na casa de Nastre, informou a polícia. A mulher do empresário, identificada como Marize, também foi presa.
A reportagem não conseguiu localizar o advogado do empresário. A polícia não autorizou que Nastre fosse ouvido por telefone. Nos telefones que constam como da escola, ninguém atendeu às ligações.


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