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Cliente é acusado de seqüestrar e matar gerente de banco
Depois de ser preso, ele confessou o crime e alegou uma dívida de R$ 30 mil como motivo, de acordo com a polícia
Corpo estava concretado
em cima de uma laje
da escola de informática
do empresário em Uberlândia, em Minas
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Um cliente de uma agência
bancária de Uberlândia (556
km de BH) é acusado pela polícia de planejar o seqüestro e assassinar o gerente do banco em
que é correntista em razão de
dívidas no valor de R$ 30 mil.
O corpo do funcionário do
Bradesco Aleir Fernandes André, 45, foi encontrado pela Polícia Civil na noite de anteontem, em cima da laje de uma escola de informática, no centro.
Segundo a polícia, Edilson
Nastre, dono da escola, confessou, em depoimento, ter planejado o seqüestro e ter assassinado o gerente, por enforcamento, em 12 de dezembro, por
medo de ter sido reconhecido.
O delegado Kleyverson Rezende disse que o corpo foi localizado após a prisão de Nastre, anteontem. "O corpo estava
concretado, no vão entre uma
pilastra e uma parede, em cima
de uma laje da escola."
Nastre, de acordo com a polícia, declarou que seqüestrou o
gerente por ter R$ 30 mil em
dívidas em dois bancos -Bradesco e Banco do Brasil.
"Ele falou que planejou o seqüestro por causa da dívida e
que sabia que o gerente tinha
alguns bens. Num primeiro
momento, pediu R$ 45 mil à família. Em 8 de dezembro,
quando foi feito o último contato por telefone, pediu R$ 18
mil", disse o delegado. O resgate não chegou a ser pago.
André havia sido seqüestrado em 28 de novembro, após
sair da agência para almoçar.
Três homens o renderam e o
colocaram num Palio branco.
Uma testemunha anotou a placa. A polícia chegou ao empresário após localizar o carro em
Sorocaba (100 km de SP), onde
três pessoas foram presas. Um
homem está foragido.
André foi mantido em cativeiro na casa de Nastre, informou a polícia. A mulher do empresário, identificada como
Marize, também foi presa.
A reportagem não conseguiu
localizar o advogado do empresário. A polícia não autorizou
que Nastre fosse ouvido por telefone. Nos telefones que constam como da escola, ninguém
atendeu às ligações.
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