São Paulo, quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

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Aeronave da Varig derrapa e fecha pista de Congonhas

MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A pista principal do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ficou fechada no fim da tarde de ontem, por mais de uma hora, após a freada brusca no pouso de um Boeing-737 da Varig, às 17h48. A interdição gerou atrasos e remanejamento de vôos para Cumbica (Guarulhos). Segundo a Varig, a chuva de ontem deixou uma lâmina de água na pista, o que dificultou a aterrissagem. Não houve feridos entre os 130 passageiros que vinham do Rio de Janeiro. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) disse, em nota, que não chovia em São Paulo na hora do incidente e que o índice de atrito da pista está dentro de parâmetros internacionais. Segundo a agência, "é o terceiro problema apresentado pela mesma aeronave da Varig em pouco mais de 30 dias". O avião que derrapou irá para o Rio para inspeção. Congonhas ficaria aberto até a 1h de hoje para "salvaguardar" usuários. A Varig afirma que está em dia com a manutenção da aeronave, "de acordo com os rígidos padrões de segurança operacional sempre adotados", e que fez e faz sempre novas revisões.
Prazo
O ministro Waldir Pires (Defesa) disse ontem ser "inadmissível" dar prazo para o governo se decidir sobre a desmilitarização do setor. "Na negociação com o Estado não se dá prazo. Isso é inadmissível", disse Pires. "O Estado não pode ser refém de nenhum grupo." Os controladores do tráfego aéreo se reunirão no sábado. Eles esperavam aval à medida nesta semana e agora discutem novas formas de pressão, sem violar regras ou fazer greve, o que é vedado a militares. Segundo Pires, cabe a Lula decidir sobre a desmilitarização proposta em 20 de dezembro. Controladores se reuniram anteontem no Rio, mas decidiram aguardar até sexta. Diversos relatos ouvidos pela Folha dão conta de que está em pauta ampliar a operação-padrão. "É necessário que o governo se manifeste nesta semana. Não sei o que pode acontecer se o governo demorar mais ou der resposta negativa", diz Jorge Botelho, presidente do sindicato dos controladores civis.


Com LEILA SUWWAN, da Sucursal de Brasília

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