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Aeronave da Varig derrapa e fecha pista de Congonhas
MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A pista principal do aeroporto de Congonhas, em São Paulo,
ficou fechada no fim da tarde de
ontem, por mais de uma hora,
após a freada brusca no pouso
de um Boeing-737 da Varig, às
17h48. A interdição gerou atrasos e remanejamento de vôos
para Cumbica (Guarulhos).
Segundo a Varig, a chuva de
ontem deixou uma lâmina de
água na pista, o que dificultou a
aterrissagem. Não houve feridos entre os 130 passageiros
que vinham do Rio de Janeiro.
A Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) disse, em nota,
que não chovia em São Paulo na
hora do incidente e que o índice
de atrito da pista está dentro de
parâmetros internacionais.
Segundo a agência, "é o terceiro problema apresentado
pela mesma aeronave da Varig
em pouco mais de 30 dias". O
avião que derrapou irá para o
Rio para inspeção. Congonhas
ficaria aberto até a 1h de hoje
para "salvaguardar" usuários.
A Varig afirma que está em
dia com a manutenção da aeronave, "de acordo com os rígidos
padrões de segurança operacional sempre adotados", e que
fez e faz sempre novas revisões.
Prazo
O ministro Waldir Pires (Defesa) disse ontem ser "inadmissível" dar prazo para o governo
se decidir sobre a desmilitarização do setor. "Na negociação
com o Estado não se dá prazo.
Isso é inadmissível", disse Pires. "O Estado não pode ser refém de nenhum grupo."
Os controladores do tráfego
aéreo se reunirão no sábado.
Eles esperavam aval à medida
nesta semana e agora discutem
novas formas de pressão, sem
violar regras ou fazer greve, o
que é vedado a militares. Segundo Pires, cabe a Lula decidir
sobre a desmilitarização proposta em 20 de dezembro.
Controladores se reuniram
anteontem no Rio, mas decidiram aguardar até sexta. Diversos relatos ouvidos pela Folha
dão conta de que está em pauta
ampliar a operação-padrão.
"É necessário que o governo
se manifeste nesta semana.
Não sei o que pode acontecer
se o governo demorar mais ou
der resposta negativa", diz Jorge Botelho, presidente do sindicato dos controladores civis.
Com LEILA SUWWAN, da Sucursal de Brasília
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