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Rapaz de 16 é filmado ao matar comerciante
Assassinato ocorreu no dia 9 na zona norte de SP, mas polícia só chegou ao jovem após apreender pistola rara usada no crime
Dono de bar reagiu a assalto e adolescente, que dava cobertura a outro criminoso, atirou, mesmo sabendo que havia câmeras no local
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
A apreensão de uma Luger
calibre 9 mm-arma desenvolvida para a tropa de elite do regime nazista atuar na Segunda
Guerra- fez com que a polícia
de São Paulo solucionasse um
latrocínio (roubo seguido de
morte) cometido por um rapaz
de 16 anos, no último dia 9.
O crime que tirou a vida do
comerciante japonês Akiteru
Nagoa, 62, ocorreu dentro de
seu bar no bairro Moinho Velho, região da Freguesia do Ó
(zona norte de SP), e foi gravado pelas quatro câmeras que a
vítima mantinha no local.
O vídeo mostra um assaltante rendendo o comerciante, que
reagiu. O jovem, que dava cobertura ao outro criminoso,
aparece e mata Nagoa.
Quase uma semana após o
crime, PMs desconfiaram de
um Santana Quantum na região de Parada de Taipas. O carro era roubado e a polícia prendeu Bruno Cesar Pereira, 20,
que estava com a pistola Luger.
Até então, o caso, levado para
o 74º DP (Parada de Taipas),
distante do 28º DP vários quilômetros, seguia apenas como
crime de porte ilegal de arma e
receptação de carro roubado, já
que o sistema de comunicação
da polícia não é totalmente integrado e delegacias da mesma
região demoram para saber
quem foi preso.
Por coincidência, na noite
em que a arma foi apreendida,
os policiais do 28º DP que cuidavam do caso de Nagoa passaram pelo 74º DP, onde souberam da pistola. Cruzaram informações e descobriram que
Pereira estava em um carro na
porta do bar de Nagoa, no dia
do crime, à espera dos dois outros criminosos.
Após a confissão de Pereira, o
rapaz foi preso às 6h30 de ontem no apartamento da família,
em Parada de Taipas.
À Folha, o rapaz disse que,
mesmo sabendo da existência
das câmeras no bar de Nagoa,
atirou por acreditar que o comerciante iria pegar uma arma.
Sem passagem pela polícia, disse que participou do assalto
porque pensava que nas 18 máquinas caça-níqueis mantidas
no lugar havia R$ 30 mil. Disse
que queria "arrumar dinheiro
para cuidar de sua filha, que
nascerá em um mês."
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