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Parentes de mortos no acidente da TAM protestam em São Paulo
Sete meses depois, amigos e familiares cobram conclusão das investigações
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
Parentes e amigos das 199
pessoas que morreram no acidente com o avião da TAM, em
julho do ano passado, protestaram ontem em São Paulo contra a demora na conclusão das
investigações e por mais segurança nos aeroportos.
Cerca de 450 pessoas, pelos
cálculos da Polícia Militar, vestiram roupas pretas em sinal de
luto e percorreram quatro quilômetros, numa passeata, entre
o parque do Ibirapuera e o local
do acidente, em frente ao aeroporto de Congonhas.
Pela primeira vez, parentes e
amigos das vítimas entraram
no local onde funcionava o prédio da TAM Express atingido
pelo avião. Por causa da colisão
e do incêndio que se seguiu,
morreram funcionários do prédio e os passageiros.
O quarteirão onde ficava o
prédio está cercado por tapumes. Ali dentro não há praticamente nada. Muitos choraram
e se abraçaram assim que entraram ontem no terreno.
Uma cerimônia foi celebrada
por líderes religiosos, em memória dos mortos. "Até agora, o
que se ouviram foram frases de
efeito e promessas", disse, sob
aplausos, um pastor luterano.
Durante os 60 minutos da celebração ecumênica, os parentes e amigos das vítimas viram
passar sobre suas cabeças sete
aviões da TAM, decolando de
Congonhas, no outro lado da
avenida, ou aterrissando.
Dez familiares serão recebidos no dia 28 pelo ministro
Nelson Jobim, da Defesa -ministério ao qual estão ligadas as
entidades do tráfego aéreo.
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