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Estrago das chuvas provoca corrida a seguradoras em SP
Ocorrências com automóveis e residências segurados aumentaram em média 30%
Além dos transtornos com carros e imóveis alagados, muitos paulistanos tiveram problemas também para contatar suas seguradoras
LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL
As fortes chuvas em São Paulo têm provocado uma corrida
às seguradoras. As ocorrências
de sinistro em seguros de automóveis e residências aumentaram em média 30% na capital
em janeiro, em comparação
com o mesmo mês no ano passado, segundo o Sindicato de
Corretores de Seguros local.
"É um aumento muito expressivo, que deve ser compensado com uma alta nos preços
das apólices", avalia o presidente da entidade, Leoncio Arruda.
Além dos transtornos com
carros e imóveis alagados, muitos paulistanos tiveram problemas também para contatar
suas seguradoras. Foi o caso da
jornalista Guta Campos, cuja
casa, em Perdizes, zona oeste,
teve um muro desbarrancado
na madrugada de 21 de janeiro.
Naquela manhã, ela ligou 11
vezes para a Itaú Seguros e chegou a esperar 40 minutos na linha, enquanto os atendentes
transferiam a ligação, que insistia em cair. "Só consegui ser
atendida e registrar a ocorrência no dia seguinte", diz Guta.
"Foram muitas chamadas.
Nossa linha telefônica ficou sobrecarregada e não suportou
tanta demanda [por causa da
chuva]", justificou Lauriberto
Tavares, diretor de serviços da
Itaú Seguros Auto e Residência.
A empresa registrou aumento de 50% nas chamadas para
assistência em residência no
mês de janeiro, em comparação
com o ano passado, em decorrência das chuvas. De 4.000 em
2009, foi para 6.000 em 2010.
Já as chamadas para automóveis saltaram de 15 mil para 21
mil. Os casos de perda total de
carros provocadas por enchentes saltaram de 21 em janeiro
do ano passado para 68, no
mesmo período deste ano.
Ele afirma que a empresa estuda medidas para diminuir os
impactos das chuva sobre os
negócios. "Queremos criar um
novo tipo de serviço, como
mandar mensagens por celular
para nossos clientes informando locais que podem sofrer enchente para que possam desviar do trajeto", disse Tavares.
Na Sulamérica, o crescimento no atendimento a ocorrências em seguro residencial por
danos elétricos, tipo de questão
diretamente ligada à incidência
de chuvas, foi de 79%, comparando dezembro de 2008 com o
mesmo mês em 2009. Já em janeiro, o aumento foi de 42%.
Os bairros mais afetados foram Brooklin, Vila Mariana,
Tatuapé, Santana e Butantã.
Já a Bradesco Seguros registrou em janeiro aumento de
cerca de 30% em atendimentos
emergenciais nos seguros de
automóveis, em virtude dos
alagamentos. A companhia fez
mais de 90 remoções de veículos enguiçados em um único dia
de enchente no município. No
caso de seguros residenciais o
aumento foi de 15%.
Sócio da Jopema Reguladora
de Sinistros, empresa que realiza perícia para mais de 20 seguradoras, Claudio Massa também tem números alarmantes.
O trabalho dobrou em janeiro
deste ano, em comparação com
o ano passado. De 600 foi para
1.200 vistorias em imóveis residenciais e comerciais.
Os motivos são danos elétrico em decorrência de queda de
raio e oscilações no fornecimento de energia elétrica, destelhamento por causa de vendaval e alagamento.
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