São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

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Protesto de estudantes acaba em confronto

Eles entraram em choque com a PM durante manifestação contra o aumento das passagens de ônibus em SP

PM usou balas de borracha e spray de pimenta; manifestantes se acorrentaram a catracas da prefeitura

JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO

O sexto protesto contra o reajuste da passagem de ônibus de R$ 2,70 para R$ 3 -aumento de 9,43%, índice que superou a inflação- acabou em confronto com a tropa de choque da PM em frente à Prefeitura de São Paulo.
A manifestação contra o aumento, que começou ontem por volta das 17h, reuniu cerca de 400 estudantes na prefeitura, no centro de São Paulo.
Seis deles se encontravam, até o fechamento desta edição, acorrentados nas catracas que dão acesso aos elevadores, dentro do saguão do edifício Matarazzo, sede do poder executivo municipal.
Durante a confusão, a reportagem presenciou a tropa de choque fazendo disparos com balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta contra os estudantes.
Alguns jovens, atiravam fogos de artifício e sacos de lixo contra os PMs. Um disparo com bala de borracha chegou a atingir o fotógrafo da Folha Carlos Cecconello.

CONFRONTO
Os vereadores José Américo, Antonio Donato e Juliana Cardoso, todos do PT, saíram da prefeitura e se colocaram entre a tropa de choque e os estudantes. Os três acabaram se envolvendo no confronto e foram atingidos por sprays de pimenta.
Durante a confusão, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) permaneceu dentro do prédio da prefeitura.
O protesto ocorreu após uma reunião na secretaria de Transportes. Segundo os estudantes, o secretário adjunto, Pedro Luiz de Brito Machado, não compareceu.
No início da noite, a prefeitura divulgou nota afirmando que "sempre manteve abertos os canais de diálogo com a sociedade".
Por volta das 21h45, os estudantes que estavam acorrentados decidiram sair. A GCM (Guarda Civil Municipal), no entanto, exigia que os jovens informassem seus nomes para poder liberá-los.
O impasse continuou até às 23h20, pois os manifestantes que ainda estavam acorrentados faziam questão de deixar o prédio da prefeitura pela porta da frente.
A exigência, no entanto, era negada pela GCM, que pedia que eles deixassem o prédio pela porta lateral.

Colaborou ROGÉRIO PAGNAN


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