EDMILSON ZANETTI
da Agência Folha

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou ontem 25 professores por uso de diplomas falsos. Os profissionais acusados são ligados aos cursos de pedagogia, matemática, letras e educação física em Monte Carmelo, no Triângulo Mineiro.
Segundo o promotor David da Conceição Gomes, para obter vantagens na carreira, os professores tentaram usar documentos falsos supostamente expedidos por faculdades do interior de São Paulo. Os envolvidos podem pegar de dois a seis anos de prisão, em caso de condenação.
O MEC deu prazo de cinco dias úteis para as instituições envolvidas mandarem explicações documentadas. Depois, uma comissão vai fiscalizar as denúncias.
Também no norte de Minas Gerais cerca de 2.600 professores de 56 municípios estão na mira de investigações da Secretaria Estadual da Educação. Existe pelo menos um caso confirmado.
O ponto de partida das investigações em Montes Claros é o caso da professora de educação física Maria Zuleide Alves Teófilo. O Conselho Federal de Educação Física descobriu que seu diploma de licenciatura é falso.
O documento, supostamente expedido pela Unimar (Universidade de Marília), no interior de São Paulo, data de 9 de fevereiro do ano passado -o que pressupõe que a professora fez o curso nos quatro anos anteriores.
Ocorre que, já professora da rede estadual de ensino, Zuleide não teve nenhuma falta neste período na escola onde leciona. A Unimar diz que a professora "nunca foi aluna" na instituição.



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