São Paulo, terça-feira, 18 de março de 2008

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Em ano eleitoral, Kassab propõe outro reajuste para servidor

Depois de propor aumento na Educação, prefeitura pretende beneficiar agora cerca de 30 mil funcionários da área da Saúde

Impacto para os cofres públicos está calculado em R$ 352 milhões por ano; proposta ainda precisa ser aprovada pela Câmara

RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL

A administração Gilberto Kassab (DEM) anunciou ontem que pretende reajustar o salário de médicos, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos e demais servidores municipais da área de saúde em índices que variam de 25% a 40%.
Os aumentos fazem parte do Plano de Cargos, Carreiras e Salários feito pela Secretaria da Saúde que será levado ainda nesta semana pelo prefeito e pelo secretário Januario Montone à Câmara Municipal.
Kassab propôs projeto semelhante, no último dia 6, com previsão de reajuste de 15% mais incorporação de gratificações no salário-base dos professores e funcionários da rede de ensino. A medida ainda não foi aprovada na Câmara.
Este é um ano de eleições municipais e o democrata tem planos de se reeleger.
A medida inclui ainda a criação de gratificações por produtividade, uma espécie de prêmio para os profissionais que cumprirem metas de atendimento. Essas gratificações dependerão ainda do desempenho dos postos de saúde e dos hospitais e da melhora dos indicadores de saúde da cidade.
Os reajustes devem beneficiar cerca de 30 mil servidores, incluindo inativos, e serão retroativos a janeiro. O impacto no tesouro está calculado em R$ 352 milhões por ano.
Os 40% de aumento incidirão sobre o salário-base de cerca de 8.000 médicos. Os 25%, sobre o salário dos demais 22 mil funcionários de saúde. A secretaria afirma que os índices são distintos porque os valores pagos hoje para os médicos são os mais defasados.
Alcançando todas as metas, no caso dos médicos, o reajuste poderá chegar a 72%. Um médico que trabalha 20 horas por semana hoje ganha cerca de R$ 2.200 (salário padrão mais gratificação de saúde).
Para vigorar neste ano, a proposta deve ser votada pela Câmara, homologada e publicada até o próximo dia 7.


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