São Paulo, terça-feira, 18 de março de 2008

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Brasileiros podem votar na eleição italiana até o dia 10

Voto é por correspondência; cédulas serão enviadas a partir do dia 26 deste mês

Eleitores residentes em países estrangeiros irão eleger 12 deputados e seis senadores, de um total de 314 vagas no Senado e 630 na Câmara

DA REPORTAGEM LOCAL

Brasileiros com cidadania italiana e cidadãos italianos residentes no Brasil têm até o dia 10 de abril para votar nas eleições parlamentares que ocorrerão na Itália entre os dias 13 e 14 do próximo mês.
O voto, que não é obrigatório, é feito por correspondência. Os consulados têm até o dia 26 deste mês para enviar as cédulas pelo correio. Os eleitores que não as receberem até essa data deverão procurar as representações diplomáticas. Depois de preencher a cédula, o eleitor a devolverá ao consulado por via postal, para que seja enviada para apuração na Itália.
Os eleitores residentes em países estrangeiros elegerão desta vez 12 deputados e seis senadores, de um total de 314 vagas no Senado e 630 na Câmara. O Brasil está no mesmo colégio eleitoral que os demais países sul-americanos e alguns do Caribe, numa região geográfica que elegerá três deputados e dois senadores.
Um cidadão que esteja registrado na Itália poderá votar numa seção eleitoral, caso esteja naquele país nos dois dias de votação. Juntamente com as cédulas, os eleitores receberão a relação de candidatos.
Os maiores colégios eleitorais de italianos no exterior estão na Europa (2 milhões), América do Sul (885 mil) e América do Norte e Central (403 mil). No Brasil, votam 195 mil eleitores, sendo que 90 mil estão em São Paulo.
Na América do Sul, são 28 candidatos para o Senado e 42 candidatos a deputados, em todos os países da região. Pelo menos 24 candidatos a vagas parlamentares na Itália são brasileiros. Nove deles concorrem ao Senado italiano e 15 são candidatos a deputados.
Nos dois maiores partidos, o Democrático (de Walter Veltroni) e a coligação Povo da Liberdade (liderada por Silvio Berlusconi), serão cinco brasileiros concorrendo -três pelo PD e dois pela coligação.
A maioria dos candidatos é de São Paulo, como Fabio Porta, que diz concorrer pelo PD com "a reivindicação de um serviço consular melhor e mais digno". Edoardo Pollastri, presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, é candidato à reeleição ao Senado.
O senador ítalo-brasileiro José Luís Del Roio, que não concorre nas próximas eleições, avalia que a Itália passa por uma crise eleitoral. "Dois blocos copiam o modelo bipartidário norte-americano, mas nem sempre correspondem aos anseios da população italiana, muito heterogênea."
O secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, conversou com italianos sobre a possibilidade de ser candidato ao Senado, mas considerou "difícil".


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