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Brasileiros podem votar na eleição italiana até o dia 10
Voto é por correspondência; cédulas serão enviadas a partir do dia 26 deste mês
Eleitores residentes em países estrangeiros irão eleger 12 deputados e seis senadores, de um total de 314 vagas no Senado e 630 na Câmara
DA REPORTAGEM LOCAL
Brasileiros com cidadania
italiana e cidadãos italianos residentes no Brasil têm até o dia
10 de abril para votar nas eleições parlamentares que ocorrerão na Itália entre os dias
13 e 14 do próximo mês.
O voto, que não é obrigatório,
é feito por correspondência. Os
consulados têm até o dia 26
deste mês para enviar as cédulas pelo correio. Os eleitores
que não as receberem até essa
data deverão procurar as representações diplomáticas. Depois
de preencher a cédula, o eleitor
a devolverá ao consulado por
via postal, para que seja enviada para apuração na Itália.
Os eleitores residentes em
países estrangeiros elegerão
desta vez 12 deputados e seis
senadores, de um total de 314
vagas no Senado e 630 na Câmara. O Brasil está no mesmo
colégio eleitoral que os demais
países sul-americanos e alguns
do Caribe, numa região geográfica que elegerá três deputados
e dois senadores.
Um cidadão que esteja registrado na Itália poderá votar numa seção eleitoral, caso esteja
naquele país nos dois dias de
votação. Juntamente com as
cédulas, os eleitores receberão
a relação de candidatos.
Os maiores colégios eleitorais de italianos no exterior estão na Europa (2 milhões),
América do Sul (885 mil) e
América do Norte e Central
(403 mil). No Brasil, votam
195 mil eleitores, sendo que
90 mil estão em São Paulo.
Na América do Sul, são 28
candidatos para o Senado e 42
candidatos a deputados, em todos os países da região. Pelo
menos 24 candidatos a vagas
parlamentares na Itália são
brasileiros. Nove deles concorrem ao Senado italiano e 15 são
candidatos a deputados.
Nos dois maiores partidos, o
Democrático (de Walter Veltroni) e a coligação Povo da Liberdade (liderada por Silvio
Berlusconi), serão cinco brasileiros concorrendo -três pelo
PD e dois pela coligação.
A maioria dos candidatos é
de São Paulo, como Fabio Porta, que diz concorrer pelo PD
com "a reivindicação de um
serviço consular melhor e mais
digno". Edoardo Pollastri, presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, é candidato
à reeleição ao Senado.
O senador ítalo-brasileiro
José Luís Del Roio, que não
concorre nas próximas eleições, avalia que a Itália passa
por uma crise eleitoral. "Dois
blocos copiam o modelo bipartidário norte-americano, mas
nem sempre correspondem aos
anseios da população italiana,
muito heterogênea."
O secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, conversou com italianos sobre a possibilidade de ser candidato ao Senado, mas considerou "difícil".
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