São Paulo, terça-feira, 18 de março de 2008

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Adolpho Franco, ex-governador do PR

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi o tempo de uma gestação, não mais que isso -mas suficiente para que Adolpho de Oliveira Franco, enquanto foi governador do Paraná, deixasse sua marca pessoal.
"Nasceu já no ambiente jurídico", em Ponta Grossa, no Paraná, filho de um promotor de justiça e sobrinho de advogados. Formado em direito no Rio, foi logo advogar no escritório do pai. Mas "ter sido presidente da OAB era do que ele mais se honrava", diz o filho. Franco presidiu a seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil entre 1953 e 1954.
No ano seguinte, em 1955, foi indicado pela Assembléia para continuar o mandato de Bento da Rocha Neto -na época não havia vice. Diz o filho que o pai não esquecia do que lhe teria dito o ex-ministro da Fazenda, Horácio Lafer. "Em nove meses, nenhum político faz nada".
Empertigou-se, então, pela implantação do primeiro órgão estadual de planejamento, que daria origem ao Banco do Desenvolvimento do Paraná. Governou o Estado entre 1.º de maio de 1955 a 31 de janeiro de 1956.
Em 1962 foi eleito senador pela UDN. "Sempre foi um udenista. Quando acabou, foi pra Arena. E quando acabou, não se filiou mais", conta o filho, que crava nos nomes de Ney Braga -"que o elegeu senador"-, e Rocha Neto -que o fez governador-, os padrinhos políticos do pai.
Com seu "charme todo especial", foi ainda diretor do Banco do Brasil e dirigente do Banco Comercial do Paraná. Tinha cinco filhos "e muitos netos e bisnetos". Morreu no domingo, dia 9, aos 92 anos, de parada cardíaca.


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