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Adolpho Franco, ex-governador do PR
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi o tempo de uma gestação, não mais que isso -mas
suficiente para que Adolpho
de Oliveira Franco, enquanto foi governador do Paraná,
deixasse sua marca pessoal.
"Nasceu já no ambiente jurídico", em Ponta Grossa, no
Paraná, filho de um promotor de justiça e sobrinho de
advogados. Formado em direito no Rio, foi logo advogar
no escritório do pai. Mas "ter
sido presidente da OAB era
do que ele mais se honrava",
diz o filho. Franco presidiu a
seção paranaense da Ordem
dos Advogados do Brasil entre 1953 e 1954.
No ano seguinte, em 1955,
foi indicado pela Assembléia
para continuar o mandato de
Bento da Rocha Neto -na
época não havia vice. Diz o filho que o pai não esquecia do
que lhe teria dito o ex-ministro da Fazenda, Horácio Lafer. "Em nove meses, nenhum político faz nada".
Empertigou-se, então, pela implantação do primeiro
órgão estadual de planejamento, que daria origem ao
Banco do Desenvolvimento
do Paraná. Governou o Estado entre 1.º de maio de 1955 a
31 de janeiro de 1956.
Em 1962 foi eleito senador
pela UDN. "Sempre foi um
udenista. Quando acabou, foi
pra Arena. E quando acabou,
não se filiou mais", conta o filho, que crava nos nomes de
Ney Braga -"que o elegeu
senador"-, e Rocha Neto
-que o fez governador-, os
padrinhos políticos do pai.
Com seu "charme todo especial", foi ainda diretor do
Banco do Brasil e dirigente
do Banco Comercial do Paraná. Tinha cinco filhos "e muitos netos e bisnetos". Morreu no domingo, dia 9, aos 92
anos, de parada cardíaca.
obituario@folhasp.com.br
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