|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Metrô retomará obras em 15 dias
Secretário diz que trabalhos, suspensos há 2 meses, voltarão em toda a linha 4, exceto na estação Pinheiros
Construtoras esperam retomar, já nesta semana, as escavações em pelo menos quatro das 23 frentes que foram paradas
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário dos Transportes
Metropolitanos do governo José Serra (PSDB), José Luiz Portella, afirmou ontem que todas
as frentes de obras da linha 4-amarela do Metrô interrompidas há dois meses para inspeções de segurança deverão ser
retomadas em até 15 dias.
A nova previsão -que só não
abrange a estação Pinheiros,
onde a abertura de uma cratera
deixou sete mortos em janeiro- foi dada após divergências
entre técnicos do Metrô, do
Consórcio Via Amarela e do
IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas) sobre os atrasos
para a volta dos trabalhos.
Portella não forneceu detalhes sobre a eventual aprovação
dos relatórios de segurança pelo IPT -que não liberou a obra
nas primeiras análises e não revelou os resultados depois de
receber novos documentos.
As construtoras responsáveis pela linha dizem aguardar
a retomada ainda nesta semana
das escavações em ao menos 4
das 23 frentes paradas: Caxingui/Morumbi, Caxingui/ Três
Poderes, Três Poderes/ Caxingui e Três Poderes/Butantã.
O IPT informou que entregaria ontem à noite as análises
dos novos relatórios que poderiam ou não liberar parte da
obra a partir de hoje, mas seus
técnicos já manifestaram insatisfação diante das cobranças.
Pelo TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado há
dois meses, seriam preparados
relatórios pelo Consórcio Via
Amarela em 23 frentes interditadas, os quais passariam pelo
crivo do IPT para que os trabalhos pudessem ser liberados.
O processo completo deveria
durar 50 dias, mas a liberação
dos primeiros trechos deveria
sair ainda no fim de março. Até
ontem, não havia autorização
para nenhuma das frentes.
A paralisação das obras, exceto em algumas atividades, deve provocar atrasos no cronograma de entrega da linha 4
-programada inicialmente para 2008 e adiada para 2009.
"Pontos impeditivos"
O IPT disse ontem que "vem
cumprindo rigorosamente" seu
cronograma para a entrega dos
relatórios de inspeção e afirmou que houve atrasos por parte do consórcio para a entrega
de documentos complementares solicitados -que deveriam
ter sido apresentados no começo de abril, mas só acabaram de
ser entregues anteontem.
O instituto afirmou, em nota,
que, nos 12 relatórios de verificação técnica já emitidos, "faltava em todos os laudos a análise de três pontos considerados
impeditivos para a retomada
das obras: perfurações exploratórias de sondagem, plano
completo de instrumentação e
gerenciamento de risco".
O Consórcio Via Amarela,
por sua vez, divulgou uma nota
ontem informando que "todos
os documentos e esclarecimentos adicionais requeridos pelo
IPT estão sendo prontamente
atendidos".
Em ocasiões anteriores, técnicos do consórcio chegaram a
atribuir até ao Metrô uma parte
da demora para a entrega de
documentos -algo negado com
veemência pela companhia.
O promotor Carlos Amim Filho, que participou da elaboração do TAC, informou ontem,
por meio da assessoria de imprensa do Ministério Público,
que não recebeu novos laudos e
nenhuma informação sobre liberação das frentes de obra.
Texto Anterior: Diretora diz que vai entrar na Justiça Próximo Texto: Governo de SP promete entregar metrô na Vila Prudente até 2010 Índice
|