São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 2011 |
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"Perdi muitos amigos", diz agropecuarista FÁBIO FREITAS DE SÃO PAULO "Eu estava dormindo e acordei na paulada. No momento, eu não sentia tanta dor, a batida amorteceu a gente", conta o agropecuarista Wilibaldo Reichert, 54, sobrevivente do acidente na BR-282, no Carnaval. Reichert era uma das 47 pessoas a bordo do ônibus que bateu em uma carreta carregada com madeira em Descanso, no dia 5 de março. Morreram 29 pessoas. "Fiquei com as pernas presas na ferragem e quase perdi uma orelha. Tinha seis bancos em cima de mim, gente arremessada da frente para trás e de trás para a frente, a gente nem entende como." Reichert, que saiu do acidente sem fraturas e consciente, diz que teve sorte pois estava sentado no fundo do ônibus, menos atingido no acidente. "Todos pediam socorro, e algumas vozes iam diminuindo." "Costuraram minha orelha logo que dei entrada no hospital. Mas ainda tenho hematomas para tratar." Do acidente, ficou também a lembrança. O agropecuarista ainda não retomou a rotina. "Hoje é mais fácil falar. Nos primeiros dias, não dava. Perdi muitos amigos, gente próxima." Texto Anterior: Caminhões são ameaça de acidente mesmo no feriado Próximo Texto: Análise: Apatia do cidadão leva à omissão e à inação da autoridade Índice | Comunicar Erros |
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