São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 2006

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GUERRA URBANA/ SEM TRÉGUA

Mais cinco ônibus foram queimados na capital; polícia afirma ainda não ser possível saber se atentados têm ligação com o PCC

Ataques continuam pelo 6º dia seguido

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA
DA REDAÇÃO


No quinto dia desde o início dos ataques do PCC na Grande São Paulo, mais três ônibus foram queimados na capital, um batalhão da Polícia Militar quase sofreu uma invasão e os guardas civis metropolitanos em frente ao prédio da prefeitura de Osasco sofreram um atentado.
Além disso, em São Miguel Paulista (zona leste), um prédio da Sabesp foi metralhado. A polícia flagrou a grupo e, na perseguição, um dos suspeitos morreu. O restante da quadrilha escapou.
Já na noite de anteontem, a Emef (escola municipal de ensino fundamental Cândido Portinari, em Perus (zona norte), foi atacada com tiros e coquetéis molotov.

Ônibus
Dos ônibus destruídos ontem na capital, dois foram queimados no Alto da Riviera (zona sul) por volta das 20h. O outro sofreu o ataque no Jardim Brasil (zona norte), às 19h30.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) disse que os casos serão avaliados para que seja checado se há relação com a onda de ataques comandada pelo PCC no Estado nos últimos dias.
Já em Osasco (Grande São Paulo), os GCMs que protegem a sede da prefeitura foram atacados na madrugada de ontem.
Segundo a PM, três homens armados com dois revólveres 38 e uma pistola 9 mm roubaram um Omega e foram para o prédio, que fica no centro. Eles abriram fogo contra os guardas, que não foram atingidos. A fachada do prédio ficou com as marcas das balas. Houve perseguição e dois suspeitos foram mortos.
Ainda em Osasco, 11 pessoas tentaram invadir a 1º companhia do 42º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano no Parque Mazzei. Em confronto com a polícia, um deles foi morto. As outras dez pessoas conseguiram fugir. Na ação, uma van branca deu cobertura aos suspeitos. O veículo não foi encontrado.

Aeroporto
Segundo o centro de operações da Polícia Militar em Guarulhos, o aeroporto de Cumbica teve a segurança reforçada após o serviço de inteligência da polícia divulgar que novas ondas de ataque estavam programadas para as 18h de ontem. De acordo com o órgão, a polícia da Aeronáutica atuou no local. Procurada pela Folha, a administração da Infraero confirmou que as polícias Civil, Militar e Federal atuaram.

Interior
Quatro cidades da região de Ribeirão Preto registraram incidentes. Em Batatais, a casa de um policial militar, no bairro São Francisco, recebeu cinco disparos ontem de madrugada, mas ninguém ficou ferido. Em Américo Brasiliense, o agente Carlos Alberto Saul foi baleado anteontem, com dois tiros, em sua loja de equipamentos de som. Um dos disparos, que partiram de dois homens, acertou a mão do agente.
Em Ribeirão Preto, dois homens em uma moto atiraram anteontem à noite contra o muro da penitenciária feminina da cidade, mas ninguém se feriu. (RAQUEL AÑÓN, MARTHA ALVES, LUÍSA BRITO, KLEBER TOMAZ, ALFREDO FEIERABEND)


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