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ARIOVALDO BOTTER (1925-2010)
Um engenheiro e seu sonho de continuidade de um legado
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Ariovaldo Botter tinha um
sonho: dar continuidade à
empresa que montou há 40
anos. Suas esperanças, primeiro, caíram sobre Marco, o
filho que aos cinco anos já o
acompanhava nas obras.
Nunca passou pela cabeça
do garoto ter outra profissão
que não fosse engenheiro, como o pai. Assim aconteceu, e
tudo para Ariovaldo estava
saindo como sonhara: um de
seus netos, Rodrigo, também
se formou em engenharia.
Sua empresa, a Telar Engenharia, que já teve cerca de 18
mil funcionários nesses 40
anos de existência, agora é tocada por seu filho e seu neto.
Nascido em Bauru (SP), ele
cursou engenharia na Poli-USP, formando-se em 1949.
Trabalhou em várias empresas antes de abrir a própria.
Nesse período, participou da
construção das vias Anchieta,
Dutra e Washington Luís.
Numa das obras, ficou um
tempo morando num alojamento em Jacareí (SP), cidade onde conheceu a mulher,
Telma. Casaram-se em 1951 e
tiveram dois filhos, quatro
netos e dois bisnetos.
Segundo a família, Ariovaldo era um homem calmo, cortês e formal. Muito dedicado
ao trabalho, adorava computadores -elaborava os programas para sua empresa- e
costumava estudar direito.
Há três anos, descobriu ter
um câncer de próstata. Só parou de acompanhar os negócios da família há uns dois
meses. Morreu na quinta-feira, aos 84, devido ao câncer.
A missa de sétimo dia será
realizada na quinta, às 12h30,
na igreja Nossa Senhora do
Brasil, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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