São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2008

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Tenente não sabia que jovens seriam mortos, diz defesa

DA SUCURSAL DO RIO

O advogado do tenente Vinícius Ghidetti de Moraes Andrade, suspeito de comandar os militares que entregaram os jovens a traficantes, afirmou que o seu cliente não sabia que eles seriam mortos pelos traficantes. "Ele não imaginava o desdobramento que isso teria", disse João Carlos Figueiredo Rocha.
Segundo ele, os militares contaram que o tenente Andrade e o sargento Leandro Maia Bueno iniciaram uma conversa com os traficantes, para quem entregaram os detidos para lhes "dar um corretivo".
Contratados pelos sargentos Bruno Eduardo de Fátima e Renato Oliveira Alves, os advogados Márcio Frazão e Rafael Viana disseram que eles não participaram da prisão nem da entrega dos rapazes aos traficantes. Segundo os advogados, Fátima e Alves trabalhavam no quartel da Companhia de Comando, no sábado, quando receberam do tenente Andrade ordem para integrar a escolta do caminhão que levaria os rapazes da Providência até o sambódromo, onde seriam soltos.
"Para eles era uma saída de rotina. Eles foram chamados para proteger o caminhão", disse Frazão.
Os advogados afirmaram que seus clientes demonstraram surpresa quando o caminhão se dirigiu à Mineira.
Dos 11 militares presos, oito podem ser indiciados sob acusação de seqüestro e os outros três sob acusação de homicídio triplamente qualificado.


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