São Paulo, sábado, 18 de junho de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Presidente da CNBB quer marcha contra a maconha Para religioso, sociedade não deve se deixar levar pela posição de "alguns" De acordo com dom Raymundo Damasceno, a Igreja Católica é a favor da maconha só para fins terapêuticos LARISSA GUIMARÃES DE BRASÍLIA O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal Raymundo Damasceno, reacendeu a polêmica sobre eventos em defesa da maconha e afirmou ontem que a sociedade deveria organizar marchas contra a droga. Na última quarta-feira, o STF (Supremo Tribunal Federal) liberou a realização de atos pró-maconha pelo país. "A Igreja se opõe a qualquer tipo de droga, a não ser em casos terapêuticos", disse. "Não sabemos como os pais e mães que lidam com o problema vão receber isso [a decisão do STF]", completou, em seguida. Para o religioso, a sociedade deve ficar "atenta" e não deve se deixar levar pela posição de "alguns". "Não queremos jovens anestesiados", criticou. TRATAMENTO O cardeal ponderou que o dependente de drogas não deve ser criminalizado e deve sempre receber apoio para tratamento. "A Igreja Católica vem oferecendo diversas alternativas para aqueles que precisam, como centros especializados para dependentes." A Igreja deverá participar mais do debate sobre as drogas daqui para a frente. A Campanha da Fraternidade deste ano terá foco na saúde pública e, no próximo ano, o tema será a juventude. A CNBB já havia se voltado para a questão das drogas em 2001, com a campanha "Vida sim, drogas não". HOMOFOBIA O presidente da entidade evitou falar sobre a lei anti-homofobia, que está no Senado e vem sendo criticada por congressistas da bancada evangélica. Na opinião dele, a CNBB ainda precisa conhecer melhor a proposta para avaliá-la. "O que podemos dizer é que a Igreja não apoia nenhuma forma de preconceito", resumiu. O projeto de lei desagrada aos deputados e senadores evangélicos porque eles temem que haja punição no caso de pregações com críticas à prática homossexual. Embora tenha sido convidada, a CNBB resolveu não participar da manifestação contra a lei anti-homofobia que ocorreu há duas semanas em frente ao Congresso Nacional. O evento reuniu cerca de 20 mil pessoas. Texto Anterior: Outro lado: Prodesp nega instabilidade e fala em "melhorias" Próximo Texto: Manifestação vai comemorar decisão do STF Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |