São Paulo, sábado, 18 de junho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Servidores de saúde fazem passeata por reajuste salarial

Manifestação da região do HC até a rua Bela Cintra fechou avenidas Dr. Arnaldo e Paulista e afetou trânsito

CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

Os servidores estaduais da saúde terminaram ontem seu terceiro dia de paralisação com uma passeata que saiu da porta da Secretaria da Saúde, na região do complexo do Hospital das Clínicas, até a Secretaria de Gestão Pública, na rua Bela Cintra.
A categoria mantém "estado de greve" até o fim das negociações salariais.
A assembleia reuniu cerca de 500 pessoas às 10h e chegou a agrupar em torno de 2.000, segundo estimativa da Folha e de PMs.
Elas bloquearam a av. Dr. Arnaldo, a av. Paulista -por 15 minutos- e a rua Bela Cintra durante o protesto, que se dispersou às 14h. O trânsito na região ficou prejudicado.
A categoria pleiteia reajuste salarial de 26%, reestruturação do plano de carreira e aumento do valor do vale-refeição -de R$ 4 para R$ 25.
Segundo o sindicato, havia manifestantes de 16 cidades do Estado e paralisações simultâneas também ocorreram em outros seis Estados -MG, GO, PE, AM, PA e MS.
A auxiliar de enfermagem Karina Lopes, 24, disse que 70% dos servidores do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC pararam desde quarta. A secretaria informou que só cinco de 80 hospitais estaduais registraram pequenas manifestações na porta, mas internamente os serviços não pararam e pacientes não foram afetados.
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) apresentou anteontem carta-compromisso em que se compromete "a dar rápido encaminhamento ao novo plano de cargos e salários", a ser votado pela Assembleia em agosto.
"Este plano promove a revisão dos cargos existentes e de suas respectivas remunerações", afirma a secretaria, sem detalhar percentuais.
A pasta diz ainda que estuda aumento de 80% sobre o valor do vale-alimentação e a construção de refeitório.
Nova reunião está marcada para a terça e nova assembleia ocorrerá em 1º de julho. Os servidores ameaçam greve a partir de agosto.
Boa parte dos manifestantes usava jalecos ontem, apesar de lei, sancionada na semana passada, ter proibido o uso fora do trabalho por profissionais do Estado.
Eles ainda não estão sujeitos a fiscalização e punição, porque a lei não foi regulamentada -não há previsão de quando isso ocorrerá.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Trânsito: CET bloqueia vias para Maratona de São Paulo amanhã
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.