|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Servidores de saúde fazem passeata por reajuste salarial
Manifestação da região do HC até a rua Bela Cintra fechou avenidas Dr. Arnaldo e Paulista e afetou trânsito
CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO
Os servidores estaduais da
saúde terminaram ontem seu
terceiro dia de paralisação
com uma passeata que saiu
da porta da Secretaria da
Saúde, na região do complexo do Hospital das Clínicas,
até a Secretaria de Gestão Pública, na rua Bela Cintra.
A categoria mantém "estado de greve" até o fim das negociações salariais.
A assembleia reuniu cerca
de 500 pessoas às 10h e chegou a agrupar em torno de
2.000, segundo estimativa
da Folha e de PMs.
Elas bloquearam a av. Dr.
Arnaldo, a av. Paulista -por
15 minutos- e a rua Bela Cintra durante o protesto, que se
dispersou às 14h. O trânsito
na região ficou prejudicado.
A categoria pleiteia reajuste salarial de 26%, reestruturação do plano de carreira e
aumento do valor do vale-refeição -de R$ 4 para R$ 25.
Segundo o sindicato, havia manifestantes de 16 cidades do Estado e paralisações
simultâneas também ocorreram em outros seis Estados
-MG, GO, PE, AM, PA e MS.
A auxiliar de enfermagem
Karina Lopes, 24, disse que
70% dos servidores do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC pararam desde
quarta. A secretaria informou que só cinco de 80 hospitais estaduais registraram
pequenas manifestações na
porta, mas internamente os
serviços não pararam e pacientes não foram afetados.
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) apresentou anteontem carta-compromisso
em que se compromete "a
dar rápido encaminhamento
ao novo plano de cargos e salários", a ser votado pela Assembleia em agosto.
"Este plano promove a revisão dos cargos existentes e
de suas respectivas remunerações", afirma a secretaria,
sem detalhar percentuais.
A pasta diz ainda que estuda aumento de 80% sobre o
valor do vale-alimentação e a
construção de refeitório.
Nova reunião está marcada para a terça e nova assembleia ocorrerá em 1º de julho.
Os servidores ameaçam greve a partir de agosto.
Boa parte dos manifestantes usava jalecos ontem, apesar de lei, sancionada na semana passada, ter proibido o
uso fora do trabalho por profissionais do Estado.
Eles ainda não estão sujeitos a fiscalização e punição,
porque a lei não foi regulamentada -não há previsão
de quando isso ocorrerá.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Trânsito: CET bloqueia vias para Maratona de São Paulo amanhã Índice | Comunicar Erros
|