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Bala perdida fere pedestre na praça da Sé
Farmacêutico que estava próximo a ponto de ônibus foi baleado nas costas após roubo a joalheria, ontem de manhã
Houve tumulto na praça quando o dono da loja usou revólver para intimidar os dois bandidos; polícia investiga de onde saiu o tiro
DA REPORTAGEM LOCAL
O farmacêutico Rodrigo Canato Luiz, 27, foi atingido por
uma bala perdida na manhã de
ontem durante um roubo a
uma joalheria na praça da Sé,
no centro de São Paulo.
Houve tumulto na praça
quando o dono da joalheria disparou seu revólver para intimidar os dois assaltantes, que acabaram sendo presos. A polícia
investiga de onde saiu o tiro.
Segundo a polícia, os suspeitos Fernando Ferreira, 22, e
Gabriel Henrique da Silva, 23,
entraram em uma joalheria que
funciona no quarto andar do
edifício de número 28 da praça
da Sé, passando-se por clientes,
por volta das 10h30.
Eles anunciaram o crime e
passaram a amarrar e amordaçar pelo menos cinco funcionários. Uma grande quantidade
de jóias foi colocada em uma
mala, segundo a polícia.
Um dos donos da joalheria,
Adalberto Fernandes Júnior,
39, estava em uma sala ao lado e
pegou um revólver de calibre
38. Segundo ele, a arma havia
sido deixada na loja por um ex-sócio. Ele disse à polícia que foi
à janela e fez três disparos para
o alto, a fim de mostrar que havia alguém armado na loja.
"Eu ouvi três tiros e já fui fechando a porta da banca de jornais. Tinha muita gente correndo na rua. Fiquei com medo",
disse a comerciante Andréia
Mesquita da Silva, 17.
Lojistas da região disseram
que muitas pessoas tentaram
se refugiar dentro das lojas.
Durante a confusão, os dois
criminosos deixaram a mala e
desceram a escadaria. Quatro
GCMs (Guardas Civis Metropolitanos) viram Fernandes
Júnior na janela e correram para o prédio. Eles suspeitaram
de um homem que tentava sair,
mas voltou atrás ao ver a aproximação dos guardas.
Nos bolsos dos suspeitos, que
já tinham passagem pela polícia por roubo, ainda foram encontrados 18 anéis e broches.
Depois que os criminosos já
haviam sido dominados, os
guardas encontraram o farmacêutico baleado nas costas próximo a um ponto de ônibus.
Como os guardas não dispararam as suas armas e a pistola
e o revólver apreendidos com
os suspeitos estavam com todas
as balas intactas, a polícia investiga a hipótese de que o rapaz tenha sido atingido pelos tiros disparados pelo joalheiro.
À polícia Fernandes Júnior
disse que atirou apenas para o
alto, do quarto andar do prédio.
A vítima se encontrava em um
nível mais baixo.
Por causa disso, apenas um
exame de balística determinará
se foi ele quem atingiu o farmacêutico. Canato Luiz disse que
seu estado era bom, mas que
não daria depoimento.
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