São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 2008

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Bala perdida fere pedestre na praça da Sé

Farmacêutico que estava próximo a ponto de ônibus foi baleado nas costas após roubo a joalheria, ontem de manhã

Houve tumulto na praça quando o dono da loja usou revólver para intimidar os dois bandidos; polícia investiga de onde saiu o tiro


DA REPORTAGEM LOCAL

O farmacêutico Rodrigo Canato Luiz, 27, foi atingido por uma bala perdida na manhã de ontem durante um roubo a uma joalheria na praça da Sé, no centro de São Paulo.
Houve tumulto na praça quando o dono da joalheria disparou seu revólver para intimidar os dois assaltantes, que acabaram sendo presos. A polícia investiga de onde saiu o tiro.
Segundo a polícia, os suspeitos Fernando Ferreira, 22, e Gabriel Henrique da Silva, 23, entraram em uma joalheria que funciona no quarto andar do edifício de número 28 da praça da Sé, passando-se por clientes, por volta das 10h30.
Eles anunciaram o crime e passaram a amarrar e amordaçar pelo menos cinco funcionários. Uma grande quantidade de jóias foi colocada em uma mala, segundo a polícia.
Um dos donos da joalheria, Adalberto Fernandes Júnior, 39, estava em uma sala ao lado e pegou um revólver de calibre 38. Segundo ele, a arma havia sido deixada na loja por um ex-sócio. Ele disse à polícia que foi à janela e fez três disparos para o alto, a fim de mostrar que havia alguém armado na loja.
"Eu ouvi três tiros e já fui fechando a porta da banca de jornais. Tinha muita gente correndo na rua. Fiquei com medo", disse a comerciante Andréia Mesquita da Silva, 17.
Lojistas da região disseram que muitas pessoas tentaram se refugiar dentro das lojas.
Durante a confusão, os dois criminosos deixaram a mala e desceram a escadaria. Quatro GCMs (Guardas Civis Metropolitanos) viram Fernandes Júnior na janela e correram para o prédio. Eles suspeitaram de um homem que tentava sair, mas voltou atrás ao ver a aproximação dos guardas.
Nos bolsos dos suspeitos, que já tinham passagem pela polícia por roubo, ainda foram encontrados 18 anéis e broches.
Depois que os criminosos já haviam sido dominados, os guardas encontraram o farmacêutico baleado nas costas próximo a um ponto de ônibus.
Como os guardas não dispararam as suas armas e a pistola e o revólver apreendidos com os suspeitos estavam com todas as balas intactas, a polícia investiga a hipótese de que o rapaz tenha sido atingido pelos tiros disparados pelo joalheiro.
À polícia Fernandes Júnior disse que atirou apenas para o alto, do quarto andar do prédio. A vítima se encontrava em um nível mais baixo.
Por causa disso, apenas um exame de balística determinará se foi ele quem atingiu o farmacêutico. Canato Luiz disse que seu estado era bom, mas que não daria depoimento.


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