São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 2008

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Dois PMs são metralhados dentro do carro da polícia na lagoa Rodrigo de Freitas

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
FABIANA ROQUE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

Dois policiais militares do 23º Batalhão (Leblon, zona sul) foram mortos a tiros por volta das 5h30 de ontem dentro de um carro da PM estacionado sobre a calçada da rua Fonte da Saudade, na Lagoa (zona sul).
O sargento Joel de Almeida Gomes, 40, e o soldado Francisco Alves Pereira Júnior, 34, patrulhavam o local havia dois meses, segundo moradores. A PM deslocou uma equipe para o local devido a assaltos ocorridos na região recentemente.
O assassinato dos dois policiais assustou os moradores.
Segundo peritos da Polícia Civil, 18 tiros perfuraram a lataria do carro. A maior parte deles atingiu os rostos das vítimas, que ficaram desfiguradas.
A moradora Ivanei Pereira, 38, que vive há 18 anos no bairro, disse à Folha que passou pelo local pouco antes do assassinato e viu os policiais cochilando. Logo depois, disse ter ouvido a seqüência de tiros. Policiais colocaram panos nos vidros do carro para impedir que os corpos dos mortos ficassem expostos.
Até o fim da tarde, a 15ª Delegacia de Polícia não havia localizado testemunhas do crime.
PMs que estiveram no local ouviram que dois homens desceram de um Honda New Civic e atiraram nas vítimas.
Segundo PMs, em versão não-confirmada pela delegada-titular Bárbara Lomba Garcia, o carro foi roubado pouco antes na orla da lagoa Rodrigo de Freitas. A delegada disse que não houve registro de roubo de carros com as características relatadas.
Os assassinos roubaram duas pistolas e um fuzil que estavam com os PMs. Um segundo fuzil foi deixado no carro.
Para a delegada, uma das hipóteses pode ser o roubo das armas. Outra é a de vingança.
O corpo do sargento foi enterrado no fim da tarde. A viúva, Maria Clara, desmaiou. O casal tem três filhos -de 14, 11 e oito anos. No local, o Clube dos Cabos e Soldados da Polícia Militar anunciou que pagará R$ 2.000 a quem der informações sobre os assassinos.


Colaborou LUISA BELCHIOR, para a Folha Online, no Rio


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