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Uso do automóvel é irracional, diz técnico
Para especialista, brasileiro tem imagem equivocada do "direito de ir" e vir do carro
DE SÃO PAULO
O problema não é ter muita gente com moto e carro,
mas a utilização desses veículos de maneira irracional.
A avaliação é do engenheiro Cláudio de Senna Frederico, que já integrou um grupo
de especialistas convidados
pela UITP (associação internacional de transportes públicos) para traçar as diretrizes do setor para 2020.
"A Europa é bastante motorizada. Mas tem uso mais
disciplinado. Aqui temos a
imagem equivocada do "direito de ir" e vir de carro."
O ideal é que, mesmo tendo muitos veículos, a maioria
da população não se locomova a todo momento com
transporte individual -que
polui mais, provoca mais acidentes e engarrafamentos.
O caminho, diz Federico, é
a recuperação do sistema de
ônibus (corredores exclusivos, melhoria da velocidade,
tarifa mais barata) para que
ele deixe de perder tanta gente para as motocicletas.
O segundo é a restrição à
utilização de carros e motos
-neste caso, com redução da
velocidade, por exemplo.
Luiz Artur Cane, do Movimento Brasileiro de Motociclistas, diz que, para melhorar a segurança, a alternativa
é difundir as motofaixas.
(ALENCAR IZIDORO)
Veja lista das 150 cidades
com maior proporção de
veículos por habitante
folha.com.br/ct768237
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