DO "AGORA"

O cabo Moacir Marques da Silva, 41, do Batalhão de Choque da Polícia Militar, matou a mulher a tiros, baleou três colegas dela e se suicidou com dois disparos na cabeça, às 12h de anteontem, na praça Ângelo Falgetano, no Campo Belo (zona sul de São Paulo).
Desconfiado de que estava sendo traído, Silva acompanhou a mulher, Silvana Vera Cruz, 42, até a praça, onde ela e outros seis amigos costumavam vender filhotes de cães nos finais de semana. Após uma briga corporal com Cruz, ele sacou uma pistola 380 mm e acertou a mulher com dois tiros. Ela caiu ferida dentro de seu Fiat Palio, onde estava encostada.
O PM, em seguida, ainda perseguiu e baleou Marcelo Amaro da Silva, 28, a quem acusou, aos gritos, de manter um relacionamento amoroso com sua mulher. Ele teve nove perfurações no intestino e, até a noite de ontem, estava internado em estado grave.
Depois dos disparos, Silva voltou ao carro e descarregou a arma em Cruz, que agonizava. Na sequência, ele correu atrás de Pedro Sérgio Fernandes Filho, 34. O homem também foi baleado e está internado, sem correr riscos. Sua mulher, Rebeca Alvarenga Freire, 35, tentou protegê-lo e levou uma tiro nas nádegas.
O policial ainda perseguiu outro colega de Cruz, Francisco Santos, 43, que conseguiu escapar. O cabo, por fim, deu dois tiros na própria cabeça. Crianças brincavam na praça, onde houve pânico e correria. Segundo colegas do casal, ele teria colocado uma escuta no carro da mulher, desconfiando de que era traído. A escuta teria gravado uma conversa entre ela e Marcelo Amaro da Silva.


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