São Paulo, sábado, 18 de agosto de 2007

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Partos em Recife contrariam lei e não admitem pais no local

DA AGÊNCIA FOLHA

A maioria das maternidades públicas em Recife (PE) descumpre a lei federal que determina que os hospitais ligados ao SUS (Sistema Único de Saúde) permitam a presença de um acompanhante durante todo o parto.
Segundo pesquisa promovida pelo Instituto Papai, uma ONG pernambucana, pelo menos seis das oito maternidades da cidade não estão adaptadas para cumprir a lei, de abril de 2005.
Na maioria das maternidades que permitem acompanhantes, os pais são vetados, pois as instalações são inadequadas e não dão privacidade a outras parturientes. No pré-parto, quatro das sete maternidades da pesquisa permitem apenas acompanhantes do sexo feminino, duas não permitem acompanhamento e uma libera a entrada de homens.
No parto, quatro liberam acompanhantes de ambos os sexos e três proíbem. No pós-parto, seis permitem o acompanhamento de mulheres, e só uma libera o do pai.
Na maternidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, a presença dos pais é excluída no parto. No pré-parto e recuperação, a mulher pode ter um acompanhante do sexo feminino. No parto, a grávida fica desacompanhada pelo fato de a maternidade receber, na maioria dos casos, pacientes de alto risco.
Para o chefe do departamento da maternidade, Sálvio Freire, a lei é ótima "em tese", mas afirmou que mães e pais compreendem o veto na participação do parto. "É desconfortável a presença de um homem que outras mulheres não conhecem."
Segundo Freire, planos para reformas, mas ainda não há previsão de data.


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