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PESQUISA
Partos em Recife contrariam lei e não admitem pais no local
DA AGÊNCIA FOLHA
A maioria das maternidades públicas em Recife (PE)
descumpre a lei federal que
determina que os hospitais
ligados ao SUS (Sistema Único de Saúde) permitam a
presença de um acompanhante durante todo o parto.
Segundo pesquisa promovida pelo Instituto Papai,
uma ONG pernambucana,
pelo menos seis das oito maternidades da cidade não estão adaptadas para cumprir a
lei, de abril de 2005.
Na maioria das maternidades que permitem acompanhantes, os pais são vetados,
pois as instalações são inadequadas e não dão privacidade
a outras parturientes. No
pré-parto, quatro das sete
maternidades da pesquisa
permitem apenas acompanhantes do sexo feminino,
duas não permitem acompanhamento e uma libera a entrada de homens.
No parto, quatro liberam
acompanhantes de ambos os
sexos e três proíbem. No pós-parto, seis permitem o acompanhamento de mulheres, e
só uma libera o do pai.
Na maternidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, a presença dos pais é excluída no parto. No pré-parto
e recuperação, a mulher pode ter um acompanhante do
sexo feminino. No parto, a
grávida fica desacompanhada pelo fato de a maternidade receber, na maioria dos
casos, pacientes de alto risco.
Para o chefe do departamento da maternidade, Sálvio Freire, a lei é ótima "em
tese", mas afirmou que mães
e pais compreendem o veto
na participação do parto. "É
desconfortável a presença de
um homem que outras mulheres não conhecem."
Segundo Freire, planos para reformas, mas ainda não
há previsão de data.
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