São Paulo, terça-feira, 18 de agosto de 2009

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Advogado diz que prisão é "ilegal" e que vai recorrer

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado José Luis Oliveira Lima, um dos defensores de Roger Abdelmassih, afirmou ontem que a decretação da prisão preventiva (até um possível julgamento) do médico é "ilegal" e que vai recorrer da decisão.
O médico nega todas as acusações feitas contra ele pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil.
"Não há laudo pericial para dar razão a essa acusação. O doutor Roger é um homem de passado ilibado, [réu] primário, de bons antecedentes, residência fixa. Em momento algum se furtou ao chamamento da autoridade policial e continua desempenhando as suas funções na sua clínica", continuou o advogado.
Lima disse que impetrará ainda hoje um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo para pedir a revogação da prisão preventiva.
A defesa quer que Abdelmassih possa aguardar um provável julgamento em liberdade. No pedido, o advogado vai alegar que o médico preenche os requisitos para aguardar o julgamento em liberdade: é primário, tem bons antecedentes e residência fixa, não coloca em risco o andamento do processo aberto pela Justiça contra ele e não fugirá do país.
Como exemplo da conduta de seu cliente, Lima disse que o médico esteve recentemente em um seminário internacional na Holanda.
O advogado também disse que o fato de a prisão do médico ter sido decretada por um juiz auxiliar da 16ª Vara Criminal, já que a juíza titular está fora do posto, deve ser considerado. Segundo ele, a juíza já havia rejeitado o pedido de prisão.
O advogado negou, porém, que o Ministério Público tenha se aproveitado da ausência da magistrada. "São fatos", afirmou.
"Ele [Abdelmassih] nega taxativamente a autoria [dos crimes]. É importante mencionar que o doutor Roger atendeu mais de 20 mil clientes na sua clínica. É considerado não um dos melhores médicos do Brasil, mas um dos melhores médicos do mundo", disse o advogado.
Em artigo publicado na Folha em 28/1, na seção "Tendências/Debates", o médico diz: "O que ainda não compreendi é o porquê de tudo isso. Qual a verdadeira motivação para esse movimento que mais se caracteriza como sanha de vendeta, que se expressa em denúncias esvaziadas de sentido, em acusações perversas, subjetivas, sem materialidade". (AC e RP)


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