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Advogado diz que prisão é "ilegal" e que vai recorrer
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado José Luis Oliveira Lima, um dos defensores de Roger Abdelmassih,
afirmou ontem que a decretação da prisão preventiva
(até um possível julgamento)
do médico é "ilegal" e que vai
recorrer da decisão.
O médico nega todas as
acusações feitas contra ele
pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil.
"Não há laudo pericial para
dar razão a essa acusação. O
doutor Roger é um homem
de passado ilibado, [réu] primário, de bons antecedentes,
residência fixa. Em momento algum se furtou ao chamamento da autoridade policial
e continua desempenhando
as suas funções na sua clínica", continuou o advogado.
Lima disse que impetrará
ainda hoje um habeas corpus
no Tribunal de Justiça de
São Paulo para pedir a revogação da prisão preventiva.
A defesa quer que Abdelmassih possa aguardar um
provável julgamento em liberdade. No pedido, o advogado vai alegar que o médico
preenche os requisitos para
aguardar o julgamento em liberdade: é primário, tem
bons antecedentes e residência fixa, não coloca em risco o
andamento do processo
aberto pela Justiça contra
ele e não fugirá do país.
Como exemplo da conduta
de seu cliente, Lima disse
que o médico esteve recentemente em um seminário internacional na Holanda.
O advogado também disse
que o fato de a prisão do médico ter sido decretada por
um juiz auxiliar da 16ª Vara
Criminal, já que a juíza titular está fora do posto, deve
ser considerado. Segundo
ele, a juíza já havia rejeitado
o pedido de prisão.
O advogado negou, porém,
que o Ministério Público tenha se aproveitado da ausência da magistrada. "São fatos", afirmou.
"Ele [Abdelmassih] nega
taxativamente a autoria [dos
crimes]. É importante mencionar que o doutor Roger
atendeu mais de 20 mil
clientes na sua clínica. É considerado não um dos melhores médicos do Brasil, mas
um dos melhores médicos do
mundo", disse o advogado.
Em artigo publicado na
Folha em 28/1, na seção
"Tendências/Debates", o
médico diz: "O que ainda não
compreendi é o porquê de
tudo isso. Qual a verdadeira
motivação para esse movimento que mais se caracteriza como sanha de vendeta,
que se expressa em denúncias esvaziadas de sentido,
em acusações perversas,
subjetivas, sem materialidade".
(AC e RP)
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