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LEGISLATIVO
Vereadora é suspeita de favorecer viação
Athiê diz que autor de denúncias pediu propina para tirar acusação
DA REPORTAGEM LOCAL
Acusada de receber dinheiro
para favorecer uma empresa de
ônibus sob intervenção da prefeitura, a vereadora Myryam Athiê
(PPS) afirmou ontem que foi vítima de uma tentativa de "achaque" por parte de um dos empresários que fizeram as denúncias.
Em discurso no plenário da Câmara Municipal, Athiê disse que
uma pessoa que se apresentou como advogada de um dos empresários que fizeram as denúncias
-atualmente presos- pediu dinheiro para que ele mudasse seu
depoimento para favorecê-la.
Segundo a vereadora, em agosto
ela "foi procurada por alguém
que se dizia patrono" de Samy
Gelman Jaroviski, ex-dono da
Viação Cidade Tiradentes, que está preso e fez as denúncias.
Pelo relato de Athiê, o advogado
"propunha o pagamento de "remédios" e fazia sinais com as
mãos", indicando um pedido de
propina para que o depoimento
fosse alterado a favor dela.
Trechos da gravação foram divulgados ontem pelo "SPTV" da
Rede Globo. A fita, diz Athiê, foi
analisada pelo perito Ricardo Molina, da Unicamp, que teria comprovado sua autenticidade. A defesa da vereadora irá enviar a fita
ao Ministério Público e pedir que
ela volte a ser ouvida no processo.
Segundo a assessoria da vereadora, quem procurou Athiê foi
mesmo o advogado de Jaroviski,
Julio Cesar de Nigris Bocallini, e o
encontro ocorreu no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. A Folha deixou recado no celular do
advogado de Jaroviski ontem à
noite, mas ele não ligou de volta.
Em novo depoimento há dias,
os envolvidos que estão presos
realmente mudaram seus depoimentos, acusando a SPTrans
(empresa municipal que cuida do
transporte) de cobrar propina para fazer intervenções. Eles teriam
decidido "dizer a verdade" em
troca de redução da pena.
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