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Promotoria denuncia cúpula da PRF do Rio
Policiais rodoviários federais são acusados de comandar esquema
Terceiro na hierarquia do órgão teve prisão preventiva decretada e está foragido; ele é candidato a deputado
FELIPE CARUSO
DO RIO
A cúpula da Polícia Rodoviária Federal no Rio foi afastada preventivamente ontem
sob suspeita de participar de
um esquema de liberação de
automóveis em situação irregular e de uso de cargo público para fins eleitorais.
Os indícios dos crimes surgiram a partir de uma investigação da Polícia Federal juntamente com o Ministério Público Federal no Rio.
O chefe substituto de policiamento de fiscalização da
Polícia Rodoviária Federal,
Marcelo Lessa, terceiro na
hierarquia da instituição,
candidato a deputado federal pelo PR e, segundo a Promotoria, líder da quadrilha,
teve a prisão preventiva decretada e está foragido.
Um assessor de Lessa, Antônio Márcio Rodrigues, e o
chefe do posto da PRF na Pavuna, zona norte, Erly Simões, foram presos anteontem pela Polícia Civil sob
orientação da Procuradoria.
Em nota, a Justiça Federal
afirma que afastou a equipe
da PF do Rio do caso por vazamentos de informações.
Carlos Hamilton Fernandes Pinheiro, superintendente da PRF, Eugênio Nemirovsky, chefe de policiamento de fiscalização da PRF, e
Cristiano Morais da Silva,
corregedor regional da PRF,
foram afastados de seus cargos, assim como dois inspetores da delegacia da área.
ACUSAÇÕES
De acordo com os dados
da Promotoria, veículos
apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal na via Dutra
eram irregularmente liberados no posto da Pavuna.
A Promotoria afirma ainda, em sua acusação, que
Lessa atuava sobre empresas
de ônibus, usando as frotas
para atividades beneficentes
e com fins eleitorais.
Ele também usaria veículos da PRF para propaganda
de sua empresa e para promoção pessoal.
A Justiça aceitou as denúncias do Ministério Público Federal no Rio contra dez
pessoas suspeitas de envolvimento no esquema.
Entre elas, está a esposa de
Lessa, Camilla Fernanda Silva Lessa, denunciada por ter
atuado como uma "laranja"
do marido.
A operação da PF, denominada Cebus apella (nome
científico do Macaco-Prego),
foi deflagrada na manhã de
ontem com o objetivo de
cumprir 15 mandados de
busca e apreensão e três de
prisão preventiva, expedidos
1ª Vara Federal Criminal do
Rio de Janeiro.
Os réus responderão por
formação de quadrilha, falsidade ideológica, prevaricação, concussão, corrupção
ativa e passiva.
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