São Paulo, domingo, 18 de setembro de 2011

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'É sintoma de uma crise', diz teólogo da PUC

DE SÃO PAULO

Para o professor da Faculdade de Ciências da Religião, da PUC-SP, Pedro Vasconcelos, a crença no "fim dos tempos" e em uma "nova era" são frutos do mesmo fenômeno.
"É uma expressão, um sintoma de crise. Quem está bem não tem que sonhar com o fim", diz o professor.
"Quem anseia por mudanças, em geral, não está bem alocado, seja do ponto de vista social, econômico ou emocional."
Estudioso de textos sagrados como o Apocalipse, ele ressalta que ao longo da história as profecias em torno do fim dos tempos, com base no texto bíblico, foram reinterpretadas inúmeras vezes.
Seja como for, 2012 está na pauta de católicos, alternativos e evangélicos. "Em 2012 virá uma mudança dos céus e não precisa ser místico para acreditar", diz o administrador Tomaz Ahau, 43. Ele e a mulher, a artista plástica Ludmila, 36, vão se mudar de São Paulo para uma ecovila em Pirenópolis (GO).
A mudança é pela crença em uma "nova era" em 2012. São ativistas do Movimento das 13 Luas, que propõe a troca do calendário gregoriano pelo Tzolkin, o Maia. "A frequência artificial de 12 meses e 60 minutos nos levou ao caos", diz Mara Greselle, que segue o calendário da paz.
Eles não creem no apocalipse em 2012, mas no "alinhamento planetário galáctico". Já a obra missionária Chamada da Meia Noite, com evangélicos de várias denominações, realiza em outubro o congresso "2012 e as Profecias", em Águas de Lindoia (SP). Já têm 500 inscritos.
"Em função do Calendário Maia e da visibilidade do tema, vamos tratar a questão à luz da Bíblia", diz o organizador, Markus Steiger. "Dizer que o mundo vai acabar em 2012 não tem fundamento."
Mas crê no "arrebatamento". "Esperamos a volta de Jesus." Só não sabe quando.(ET)



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