São Paulo, domingo, 18 de setembro de 2011

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PLÍNIO CABRAL (1926-2011)

Foi jornalista, escritor e jurista

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Plínio Cabral, que foi jornalista, escritor, advogado e jurista, já teve de interromper os estudos aos 11 anos para vender amendoim numa estação de trem de Santa Maria (RS), onde passou a infância.
Nascido na gaúcha São Pedro do Sul, teve origem humilde. O pai saiu de casa e a mãe fazia doces para vender.
Jovem, foi para Porto Alegre, onde trabalhou no jornal oficial do Partido Comunista. Aprendeu russo sozinho para traduzir as notas que vinham da URSS. Acabaria se desligando do partido, mas não da profissão. Formou-se em jornalismo em 1965 pela PUC-RS. Em 1970, concluiu direito em Passo Fundo (RS).
Entre 1963 e 1964, foi chefe da casa civil do governo do RS. Sobre os bastidores do período, escreveu dois livros.
Ao todo, publicou 22 obras. Em 2000, ganhou o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) na categoria juvenil por "O Mistério dos Desaparecidos". Em 2003, novo APCA de melhor romance, com "O Riso da Agonia", também vencedor do prêmio de literatura de Passo Fundo.
Escreveu ainda sobre direito e publicidade, área em que trabalhou e lecionou.
Nos últimos anos, dedicou-se ao tema dos direitos autorais. Chegou a ser representante do Brasil no Comitê Latino-Americano da IFRRO, órgão que assessora a ONU no assunto. Ultimamente, era também diretor jurídico da Câmara Brasileira do Livro.
Estava sempre rindo e fazendo piada, conta a família.
Morreu na terça, aos 85, de câncer. Teve cinco filhos, seis netos e dois bisnetos. A missa do sétimo dia será amanhã, às 18h30, na igreja Nossa Senhora do Brasil, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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