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Abadía e Don Diego iniciam disputa por delação premiada
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Os megatraficantes colombianos Juan Carlos Ramirez
Abadía e Diego Léon Montoya,
o Don Diego, mantêm hoje uma
disputa para saber qual dos
dois negociará primeiro com os
Estados Unidos os benefícios
da delação premiada.
Ambos são apontados pelos
norte-americanos como dois
dos dez traficantes mais procurados do mundo e traficavam
drogas pelo Cartel do Valle do
Norte, o maior da Colômbia.
Abadía foi preso em São Paulo em agosto e, a partir da investigação contra ele no Brasil,
acompanhada por agentes policiais dos Estados Unidos, Don
Diego foi preso na Colômbia,
no dia 10 de setembro.
O primeiro dos dois a ser extraditado terá a chance de fornecer informações inéditas aos
norte-americanos sobre o tráfico de cocaína da Colômbia para
os Estados Unidos e, por conseqüência, negociará mais vantagens e a redução das penas.
Abadía, que se recusa a dar
nomes de aliados no narcotráfico, já informou às autoridades
dos Estados Unidos que quer
entregar parte de seu patrimônio para conseguir reduzir ainda mais sua pena. Segunda-feira, o advogado dele, Sérgio
Alambert, irá a Nova York para
reforçar as intenções do megatraficante e pedir mais agilidade no processo de extradição.
Depoimentos
Quatro testemunhas de acusação no processo que Abadía e
outras 15 pessoas respondem
no Brasil foram interrogadas
ontem pelo juiz federal Fausto
Martin de Sanctis. A cirurgiã
plástica Lorití Breuel, que operou duas vezes o colombiano,
chorou ao ficar frente à frente
com ele e com sua mulher, Yessica Paola Rojas Morales. Três
"laranjas" que tiveram bens registrados em seus nomes pelos
aliados do megatraficante no
Brasil também foram ouvidos.
Abadía foi trazido do presídio
federal de Campo Grande (MS)
sob forte esquema de segurança. Cerca de 40 policiais da Rota, tropa de elite da PM paulista, ajudaram agentes da Polícia
Federal na segurança do fórum
onde ocorreu a audiência, perto
da avenida Paulista.
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