Microorganismo encontrado em Recife é o mesmo que fez vítimas no Rio

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
DA SUCURSAL DO RIO

Um surto provocado pela bactéria Enterococcus faecium, resistente a tratamentos convencionais, levou a Vigilância Sanitária de Pernambuco a suspender novas internações em duas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) de hospitais públicos em Recife. No Rio, a mesma bactéria causou infecções no Hospital Geral de Bonsucesso.
Desde que foi identificada pela primeira vez, em março, a bactéria Enterococcus faecium contaminou 27 pacientes em três hospitais de Pernambuco. Uma mulher morreu, mas os exames não confirmaram a bactéria como causa do óbito.
Segundo o diretor da Vigilância Sanitária, Jaime Brito, quatro pessoas portadoras do microorganismo permanecem internadas, uma delas com infecção. Todas são pacientes de UTIs dos hospitais Barão de Lucena e Procape. Novas internações estão suspensas nessas unidades.
De acordo com Brito, a situação nesses locais só será normalizada após o fim do tratamento dos doentes, o que deverá levar pelo menos 15 dias.
Em pessoas saudáveis, essa bactéria, quando no intestino, não causa doença. Em pessoas com saúde debilitada, no entanto, a Enterococcus faecium pode causar infecção urinária, contaminar cirurgias e se espalhar pelo corpo por meio do sangue.
No Rio, o Hospital Geral de Bonsucesso (na zona norte), administrado pelo Ministério da Saúde, informou ontem que o número de pacientes diagnosticados com a bactéria chegou a 42, sendo que 22 continuavam internados.
Quatro pacientes que estavam com a bactéria morreram. A direção do hospital, no entanto, nega que o motivo da morte tenha sido a infecção pelo microorganismo.
Por causa da presença da bactéria no hospital, o atendimento na emergência foi restringido desde quinta-feira e apenas os casos mais graves foram atendidos. Não há previsão de quando o atendimento será normalizado.


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