São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 2011

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Direito da USP pede investigação de reitor

Faculdade encaminha ofício ao Ministério Público para que órgão apure quatro medidas tomadas por Rodas

Promotoria poderá abrir inquérito ou arquivar caso; dirigente da universidade nega problemas em decisões

JB Neto - 29.set.2011/AE
Diretor da Faculdade de Direito, Antonio Gomes Filho discursa em ato contra o reitor João Grandino Rodas, em setembro

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

A polêmica entre a direção da Faculdade de Direito da USP e o reitor da universidade, João Grandino Rodas, chegou ontem à Promotoria.
Antonio Magalhães Gomes Filho, que comanda a unidade do largo São Francisco, encaminhou ofício ao Ministério Público Estadual pedindo a investigação de quatro medidas tomadas por Rodas.
Os dirigentes vêm trocando acusações públicas.
A Promotoria poderá abrir inquérito caso entenda que haja indícios de irregularidades nas ações do reitor ou poderá arquivar o caso. Rodas nega os problemas.
Os temas são os mesmos que levaram a congregação, que reúne representantes de toda a São Francisco, a declarar o reitor "persona non grata" no final de setembro.

POLÊMICAS
Entre as questões para as quais a direção da São Francisco pede investigação está o fato de Rodas ter levado ao seu gabinete na reitoria dois tapetes artesanais que foram doados à faculdade.
No ofício, é citada ainda a distribuição, por parte da reitoria, de 110 mil exemplares com "ataques" à atual direção. A reitoria afirma que a divulgação do material era necessária para mostrar suas posições ante as críticas recebidas na faculdade.
Segundo a Folha apurou tanto com fontes ligadas ao reitor quanto no Direito, o que mais irritou Rodas foi o esvaziamento do processo de doações privadas à São Francisco. A questão também é alvo do pedido de investigação feito ao Ministério Público Estadual.
A partir daí, ele passou a atacar publicamente o atual diretor, que foi seu vice quando dirigia a faculdade.
No informe distribuído pela reitoria, há a frase "descontinuar projetos da administração anterior, por implicar desperdício de dinheiro público, contraria a lei".


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