São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 2011

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Empresa de ônibus é retirada de circulação

Viação Himalaia, que atende 2,8 milhões de passageiros, integra consórcio campeão de reclamações na Promotoria

Empresa será assumida pelo grupo Ruas, que já controla mais da metade dos ônibus que circulam pela capital

ALENCAR IZIDORO

DE SÃO PAULO

Acusada pela Promotoria de transportar "gente como se fosse uma carga de bois", a viação de ônibus Himalaia, que atende 2,8 milhões de passageiros por mês na zona leste e no centro, está de saída da cidade de São Paulo.
A empresa é responsável pelos 198 trólebus da capital. Numa articulação entre Ministério Público, prefeitura e setor patronal, a Himalaia foi praticamente "expulsa", devido à pressão para se retirar.
Para os passageiros, significa a expectativa de mudança no consórcio campeão em reclamações no Ministério Público e a renovação da promessa de que 70% dos trólebus serão trocados até 2012 por veículos acessíveis.
O primeiro dos 128 novos trólebus será entregue ainda neste mês, diz a prefeitura.
Por outro lado, a troca aumentará a concentração do transporte nas mãos do grupo Ruas, que controla mais de metade dos ônibus das viações paulistanas.
Ele assumirá a Himalaia, que operava desde 2004, por meio da empresa Ambiental Trans -mas haverá manutenção do nome por seis meses.
"A situação era calamitosa. Se não saísse por bem, sairia por mal", afirma Saad Mazloum, promotor que entrou com ação na Justiça há sete meses -sem ter resposta ainda- pedindo indenização a usuários prejudicados.
A Promotoria ainda cobra da prefeitura a retirada das outras empresas da área 4 -Novo Horizonte e Happy Play.
Para a prefeitura, a troca tenta assegurar a promessa de Gilberto Kassab (DEM) de renovar os trólebus. Dos 140 veículos elétricos mais modernos prometidos, só 12 tinham sido entregues desde 2009 pela Himalaia.
O consórcio 4, do qual a Himalaia faz parte, diz que a remuneração era insuficiente e que não havia trólebus disponíveis no mercado. Afirma que agora haverá facilidade porque a família Ruas é dona de uma fábrica de carrocerias.


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