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AGENDA DA TRANSIÇÃO
Enquanto outros contratos são interrompidos, gestão Marta já prevê gastos de R$ 5,6 mi com propaganda para 2005
Prefeitura renova publicidade pela 7ª vez
PEDRO DIAS LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao mesmo tempo em que vários serviços estão sob risco por
falta de verbas, a Prefeitura de São
Paulo renovou pela sétima vez os
seus contratos de publicidade,
com validade até maio do ano que
vem, já na gestão do futuro prefeito, José Serra (PSDB).
A renovação do contrato prevê
um gasto de R$ 5,6 milhões com
propaganda no ano que vem, até
o seu vencimento, no início de
maio. Segundo a prefeitura, trata-se de uma estimativa, e Serra poderá, obviamente, decidir se quer
gastar esse dinheiro ou não.
O prefeito eleito tem dito a fornecedores que dívidas em atraso
da atual gestão não serão quitadas
por sua administração.
O Orçamento do ano que vem
prevê um gasto total de cerca de
R$ 15 milhões, muito abaixo da
média da atual prefeitura, em torno de R$ 40 milhões por ano. A
gestão Marta Suplicy (PT) afirma
que valor é "adequado" e que o
Orçamento foi enviado à Câmara
Municipal durante a disputa eleitoral, antes do resultado.
A prefeitura mantém contratos
de propaganda desde maio de
2001 com o Consórcio Parceria
São Paulo, integrado por três
agências de publicidades que já
prestaram serviços para campanhas do PT.
No total, a administração Marta
já gastou R$ 164,4 milhões em publicidade, segundo dados levantados pelo gabinete do vereador Roberto Tripoli (PSDB). A prefeitura
afirma que o valor é de R$ 148 milhões. A divergência entre os números deve-se aos índices utilizados para correção da inflação.
Para Tripoli, "a prefeita não deveria comprometer recursos do
próximo prefeito".
Pelos dados do tucano, Marta
gastou mais até que o ex-prefeito
Paulo Maluf (PP). Em valores
atualizados, o ex-prefeito gastou
R$ 156,5 milhões.
Contratos ameaçados
O contrato foi renovado no dia
12, poucos dias depois de um outro, o dos guinchos, ter sido interrompido. Outro serviço que sofreu problemas por falta de verbas
foi o de varrição, que caiu à metade até o final do ano.
Na semana passada, o contrato
com a empresa que disponibilizava 35 guinchos e quatro pátios para guardar os carros guinchados
foi suspenso pela CET, que começou a improvisar sua frota própria -sem equipamentos especializados- para fazer os serviços de remoção no final da gestão
Marta Suplicy.
Protestos de empregados dos
guinchos durante a semana prejudicaram muito o trânsito na cidade, especialmente no centro
paulistano.
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