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ACIDENTE
Manchas se estendem por 20 km
Óleo ainda vaza de navio que explodiu no Paraná
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O óleo combustível e o metanol
que vazaram do navio chileno
que explodiu na segunda-feira no
porto de Paranaguá (PR) já provocam o maior desastre ambiental no mar da região, segundo autoridades do Estado e da Capitania dos Portos.
Passadas quase 48 horas do acidente, no final da tarde de ontem,
ainda escapava óleo de um tanque
do Vicuña. O relatório da Defesa
Civil indicou localização de manchas de óleo na baía a 20 km de
distância do navio.
"Ainda há óleo minando para a
água", disse o capitão-de-fragata
César Bezerra Teixeira, da Capitania dos Portos, às 18h. Peritos em
engenharia naval deslocados a
Paranaguá passaram a tarde discutindo uma forma de estancar o
vazamento.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o navio guardava 1,5 milhão
de litros de óleo combustível.
O Vicuña descarregava em Paranaguá 14,26 milhões de litros de
metanol quando explodiu. As
causas permaneciam desconhecidas ontem. Morreram nas explosões José Obreque Manzo, 35, e
José Carlos Sepulveda Adriasola,
51. Continuavam desaparecidos
Ronald Francisco Pena Rios e Alfredo Omar Vidal.
O Ibama (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis) e o IAP
(Instituto Ambiental do Paraná)
proibiram a pesca e qualquer atividade náutica de lazer até a limpeza da baía, o que pode levar
mais de dois meses.
A preocupação do momento é o
óleo combustível (do tipo Bunker) que continuava vazando ontem. A presunção dos técnicos é
que o metanol que restou no navio -um álcool altamente volátil- tenha queimado nas explosões e o restante, evaporado no
ambiente.
Hoje o ministro José Fritsch
(Secretaria Especial da Pesca) viaja a Paranaguá para anunciar medidas de socorro aos pescadores.
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