São Paulo, quinta-feira, 18 de novembro de 2004

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ACIDENTE

Manchas se estendem por 20 km

Óleo ainda vaza de navio que explodiu no Paraná

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O óleo combustível e o metanol que vazaram do navio chileno que explodiu na segunda-feira no porto de Paranaguá (PR) já provocam o maior desastre ambiental no mar da região, segundo autoridades do Estado e da Capitania dos Portos.
Passadas quase 48 horas do acidente, no final da tarde de ontem, ainda escapava óleo de um tanque do Vicuña. O relatório da Defesa Civil indicou localização de manchas de óleo na baía a 20 km de distância do navio.
"Ainda há óleo minando para a água", disse o capitão-de-fragata César Bezerra Teixeira, da Capitania dos Portos, às 18h. Peritos em engenharia naval deslocados a Paranaguá passaram a tarde discutindo uma forma de estancar o vazamento.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o navio guardava 1,5 milhão de litros de óleo combustível.
O Vicuña descarregava em Paranaguá 14,26 milhões de litros de metanol quando explodiu. As causas permaneciam desconhecidas ontem. Morreram nas explosões José Obreque Manzo, 35, e José Carlos Sepulveda Adriasola, 51. Continuavam desaparecidos Ronald Francisco Pena Rios e Alfredo Omar Vidal.
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o IAP (Instituto Ambiental do Paraná) proibiram a pesca e qualquer atividade náutica de lazer até a limpeza da baía, o que pode levar mais de dois meses.
A preocupação do momento é o óleo combustível (do tipo Bunker) que continuava vazando ontem. A presunção dos técnicos é que o metanol que restou no navio -um álcool altamente volátil- tenha queimado nas explosões e o restante, evaporado no ambiente.
Hoje o ministro José Fritsch (Secretaria Especial da Pesca) viaja a Paranaguá para anunciar medidas de socorro aos pescadores.


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