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Índices subiram 8,5%, mas Prefeitura fixou reajuste de 15%
DA REPORTAGEM LOCAL
Os índices considerados pela
Prefeitura de São Paulo para o
cálculo da tarifa de ônibus subiram 8,5% desde março de 2005,
quando foi concedido o último
reajuste, até agora.
Isso significa que a passagem
de ônibus poderia subir dos
atuais R$ 2 para, no máximo,
R$ 2,17. O prefeito Gilberto
Kassab (PFL) autorizou um aumento para R$ 2,30 a partir do
dia 25. O índice de 8,5% consta
da exposição de motivos enviada pelo prefeito à Câmara.
Para justificar o aumento de
15%, acima inclusive da inflação do período, de 6,9% de
acordo com o IPCA, o prefeito
inclui nos custos a renovação
da frota de ônibus, o "rombo"
causado pela integração tarifária com o metrô e o crescimento das gratuidades no sistema.
Os vereadores Antônio Donato (PT) e Adilson Amadeu
(PTB) disseram ontem que podem ir à Justiça para barrar o
aumento da tarifa de ônibus.
Eles argumentam que o prefeito não cumpriu a Lei Orgânica,
pois teria deixado de enviar a
planilha de custos completa para análise dos vereadores.
O documento não justifica,
por exemplo, o aumento de
146% nos custos com o gerenciamento do transporte, conforme cálculos do gabinete do
vereador Donato.
Empresas
Os empresários de ônibus de
São Paulo ficaram insatisfeitos
com a falta de reajuste da rede
sobre trilhos. Eles temem a fuga de passageiros, ainda que
temporária, ao metrô e trens e
alegam que a integração do bilhete único vai sobrecarregar as
contas do município.
O reajuste da remuneração
das viações está previsto somente para março de 2007,
mas eles dizem temer que esse
tipo de desequilíbrio afete as
negociações futuras.
Na esteira do reajuste da tarifa, os empresários já pediram
também um adiantamento da
prefeitura para pagamento da
parcela do 13º no final deste
mês, além de uma antecipação
do aumento contratual para janeiro que vem.
Os empresários cobram a
gestão Kassab para que faça a
revisão e a redistribuição de linhas do transporte. Eles dizem
que os perueiros tiveram crescimento de 12% na quantidade
de passageiros no intervalo de
um ano e meio, enquanto as
viações ficaram estabilizadas.
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