São Paulo, domingo, 18 de novembro de 2007

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dinheiro

Governo deixa de sacar US$ 634 mil

DA SUCURSAL DO RIO

O governo do Estado do Rio perdeu pouco mais de US$ 634,7 mil disponibilizados até janeiro do ano passado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para ser aplicado no PDBG (Programa de Despoluição da Baía de Guanabara).
A cessão da quantia estava prevista no contrato 916/SF assinado entre o BID e o governo fluminense, no valor de US$ 50 milhões, em março de 1994. A última parcela do contrato foi aquela que a gestão da então governadora Rosinha Matheus (PMDB) não desembolsou.
O dinheiro deveria ter sido resgatado pelo governo até 9 de janeiro de 2006. Não o foi. Em conseqüência, o BID resolveu tornar a parcela sem efeito, pegou os milhares de dólares de volta e contribuiu, em vez dos US$ 50 milhões contratuais, com US$ 49.365.253,40.
Assim, dessa maneira inesperada, terminou a participação do banco estrangeiro na primeira fase do programa que se propôs, quando da assinatura contratual, a despoluir a mais famosa baía do país.
O segundo contrato assinado em 2004 entre o BID e o governo do Rio, no valor de US$ 300 milhões, foi empregado na íntegra pelo PDBG.
A Folha tentou ouvir a ex-governadora Rosinha sobre a razão de o dinheiro do BID não ter sido resgatado. Ela não foi localizada. O secretário de Meio Ambiente de seu governo era o vice-governador Luiz Paulo Conde, hoje presidente da estatal Furnas Centrais Elétricas. Convalescente de cirurgia abdominal, ele não poderia falar sobre o assunto.

Obra por vez
Sem dinheiro para investir com rapidez na conclusão do PDBG, o governo decidiu realizar uma obra de cada vez. A prioridade é terminar a estação de tratamento de Alegria (Caju, zona norte), inaugurada há dez anos.
Para o presidente da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto), Wagner Victer, que assumiu a condução do PDBG no início do ano, foi preciso alterar a filosofia do processo.


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